STF decide se Bolsonaro e aliados se tornarão réus por tramar golpe 2l5u50

Caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal. 3rf1v

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

25/03/2025 08h16 - Atualizado em 25/03/2025 10h55 3043



Bolsonaro, Braga Neto e Augusto Heleno podem se tornar réus (Foto: Agência Brasil/Arquivo)

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira, dia 24, às 9h30, se o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista vão se tornar réus na ação. 16302z

O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal. Se o ex-presidente e seus aliados se tornarem réus, eles vão responder a uma ação penal, que poderá terminar com a condenação ou absolvição das acusações.

Assista ao vivo:

O Supremo vai decidir se recebe a denúncia apresentada em fevereiro deste ano pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o chamado núcleo crucial, formado por oito dos 34 denunciados no caso. O Núcleo 1 é composto pelos seguintes acusados:

  • • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Primeira Turma

O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno do Supremo Tribunal Federal, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Rito

A sessão está prevista para começar às 9h30 e deve ter uma pausa para o almoço. Em seguida, às 14h, o julgamento deve recomeçar.]

A turma também programou uma sessão na manhã de quarta-feira (26) para finalizar a análise do caso. As regras do rito do julgamento estão previstas no regimento interno do Supremo.

  • Confira o rito que será seguido:
  • • Abertura: ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, fará a abertura da sessão;
  • • Relatório: em seguida, Alexandre de Moraes vai ler o relatório da denúncia, documento que resume as acusações, as manifestações das defesas e a tramitação ocorrida no caso;
  • • PGR: o procurador-geral fará sua sustentação oral para defender que os acusados virem réus. O prazo será de 30 minutos;
  • • Defesas: advogados dos oito denunciados terão 15 minutos cada um para realizar as defesas dos acusados;
  • • Relator: palavra voltará para Moraes, que proferirá voto sobre questões preliminares suscitadas pelas defesas (pedidos de nulidade de provas, alegações de falta de o a documentos);
  • • Votação: demais ministros votarão as questões preliminares;
  • • Mérito: encerradas as questões preliminares, Alexandre de Moraes iniciará voto de mérito para decidir se os acusados se tornarão réus;
  • • Votos: demais ministros decidirão se acompanham ou não o voto de Moraes;
  • • Encerramento: após a votação, o julgamento será encerrado.

Organização Criminosa

De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro "liderou" uma organização criminosa para praticar atos lesivos à ordem democrática. Segundo a PGR, o grupo atuou entre julho de 2021 e janeiro de 2023 e era formado por militares e outros investigados que estavam na estrutura do Estado.

"A organização criminosa seguiu todos os os necessários para depor o governo legitimamente eleito", diz a denúncia.

A denúncia cita que Bolsonaro tinha conhecimento do plano intitulado Punhal Verde Amarelo, que continha o planejamento e a execução de ações para ass o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A PGR também garante que o ex-presidente sabia da minuta de decreto com o qual pretendia executar um golpe de Estado no país. O documento ficou conhecido durante a investigação como "minuta do golpe".

Crimes

A PGR apontou que os acusados cometeram cinco crimes contra a democracia. A pena máxima para as condutas ultraa 30 anos de prisão:

  • • Organização criminosa armada – de 3 a 8 anos de prisão
  • • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito – de 4 a 8 anos de prisão
  • • Golpe de Estado – de 4 a 12 anos
  • • Dano qualificado pela violência e grave ameaça – de seis meses a 3 anos de prisão
  • • Deterioração de patrimônio tombado – de 1 a 3 anos

Defesa

Na defesa apresentada ao STF antes do julgamento, os advogados de Bolsonaro pediram a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente e o afastamento dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino para julgar o caso.

A defesa também alegou que não teve o total às provas e pediu que o julgamento seja feito pelo plenário, e não pela Primeira Turma.

Denúncias

Nas próximas semanas, o STF também vai decidir se mais 26 denunciados pela trama golpista se tornarão réus. Os acusados fazem parte dos núcleos 2, 3 e 4 da denúncia, que foi fatiada pela PGR para facilitar o julgamento.

Com informações da Agência Brasil 204r42


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