O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi preso na madrugada desta sexta-feira, dia 25, em Maceió (AL), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a prisão e o início do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de reclusão em um desdobramento da operação Lava Jato. 2m634h
Em nota, a defesa de Collor informou que a prisão ocorreu por volta das 4 horas, no momento em que ele se deslocava para Brasília "para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes". Ainda segundo a defesa, no momento, o ex-presidente está custodiado na Superintendência da Polícia Federal da capital alagoana.
Fernando Collor, que também é ex-senador, foi condenado em 2023 por corrupção iva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber R$ 29,9 milhões em propinas por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014. A propina seria para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
Nesta quinta-feira, dia 24, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou recursos do ex-presidente contra a condenação, avaliando que os recursos tinham caráter "meramente protelatório". Na decisão, determinou a prisão de Collor e o início do cumprimento da pena.
"Após a comunicação do cumprimento do mandado de prisão, nos termos do art. 66, X, da Lei de Execução Penal c/c. art. 13 da Resolução 113 do Conselho Nacional de Justiça, o Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) deverá proceder à emissão do ATESTADO DE PENA A CUMPRIR do apenado FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLO", afirmou Moraes no despacho.