Pesquisa realizada em universidade de Chapecó identifica efeito de óleos naturais contra mosquito da dengue 3q2p5f

Pelo menos três espécies de plantas demonstraram ações larvicidas e repelentes ao Aedes aegypti. 6l6r2p

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

29/01/2024 18h16 1l4rr



Pesquisadores da Unochapecó extraíram óleos essenciais de três tipos de plantas (Foto: Divulgação/Fapesc)

Uma pesquisa inédita no Brasil realizada na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), no Oeste catarinense, identificou que o uso de óleos essenciais pode combater o mosquito da dengue. 3164k

Os extratos naturais de plantas demonstram efeito tanto para repelir o Aedes aegypti quanto para eliminar as larvas do mosquito. Os trabalhos estão sendo realizados pela instituição com apoio do governo catarinense.

Professores e alunos dos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde e Ciências Ambientais da Unochapecó conduzem os estudos, que estão em fase final. Os recursos do governo estadual para o projeto foram investidos por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Pelo menos três espécies de plantas demonstraram ações larvicidas e repelentes ao mosquito Aedes aegypti. Óleos essenciais extraídos da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e da casca d’anta (Drimys brasiliensis) apresentaram destaque em efeitos larvicidas. Já o óleo extraído do crisântemo (Dendranthema grandiflorum) demonstrou efeito repelente. As larvas do Aedes aegypti usadas na pesquisa foram criadas em laboratório.

Além do efeito dos óleos no combate ao mosquito, a pesquisa também realizou um diagnóstico sobre a doença. O resultado preliminar aponta para o crescimento do número de casos e de mortes por dengue em Santa Catarina. Os fatores diferem de município para município, inclusive dentro do estado. Cidades com maiores índices de saneamento básico e de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, são menos afetadas pela dengue.

Inicialmente restrita a Santa Catarina, a pesquisa avançou para mais de 1.500 municípios da fronteira brasileira, em parceria com a Universidade Nacional de Misiones, na Argentina. “A dengue não é um problema só do Brasil. O mosquito não obedece fronteiras”, disse a líder do trabalho, professora Maria Assunta Busato.

Os estudos levam em consideração dados registrados pelos departamentos de vigilância epidemiológica do estado e de municípios de Santa Catarina, além do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Nova fase

Uma nova fase da pesquisa prevê a identificação genética dos tipos de vírus que estão presentes no mosquito Aedes aegypti. “Quando a pessoa adoece é feito um exame para saber qual vírus a atacou. Temos a identificação no sujeito doente, mas não no vetor. Em Santa Catarina não temos estudos divulgados sobre a identificação dos vírus que estão nos mosquitos”, afirmou a professora.

Além da produção dos repelentes e dos larvicidas a partir de produtos naturais, as próximas etapas do projeto também preveem novas ferramentas de comunicação social sobre a doença e capacitações para profissionais da rede de saúde.

Sintomas

Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. A hidratação adequada é a principal forma de tratamento.


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