Os astrônomos e fãs da astronomia estão com grande expectativa para a agem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–Atlas), que pode se tornar um dos eventos astronômicos mais marcantes deste ano. Com previsão de ser visível a olho nu, o cometa ficou conhecido como “cometa do século”, fenômeno com trajetória que se aproxima consideravelmente do Sol e da Terra entre setembro e outubro de 2024. 545810
Conforme o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, a máxima aproximação do cometa C/2023 A3 com a Terra acontece no domingo, 13 de outubro de 2024, a uma distância de 0,472764 Unidades Astronômicas, ou 70.724.459 quilômetros. Já o seu periélio (maior aproximação ao Sol) ocorrerá em 27 de setembro de 2024, a uma distância de 0,391 UA.
“Desde agosto até a última semana de setembro o cometa ficará ofuscado pelo brilho do Sol, pois está muito aparentemente muito próximo do Sol, dificultando a sua observação. A partir da última semana de setembro, por volta do dia 22, o cometa poderá ser visto no céu ao amanhecer. No entanto, ele voltará a ficar muito próximo do Sol entre os dias 7 e 11 de outubro. Em seguida, ele se afastará novamente e, a partir de então, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol”, explica.
De acordo com Monteiro, não é possível afirmar com precisão se o cometa poderá ser visto a olho nu, afinal, a intensidade do brilho desses objetos pode ser imprevisível. Por isso, é possível que haja a necessidade de fazer uso de outros instrumentos, tais como binóculos e telescópios.
“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível um pouco antes do amanhecer no final de setembro e logo após o pôr do Sol, quando transitará pelas constelações de Virgem (em setembro), Serpente e Ofiúco (outubro). A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de até 30 graus”, destacou o astrônomo.
O cometa foi descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e, posteriormente, confirmado pelo sistema Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (Atlas) em fevereiro do mesmo ano.