Biólogo realiza resgate de serpentes em Xaxim e dá dicas de segurança 5ag4s

Paulo Roberto Sinigoski atua na área de levantamento, resgate e salvamento de fauna a mais de oito anos 1y1l4l

Por Kiane Berté 6q1x24

26/03/2021 08h57 3b452j



Paulo Roberto trabalha com resgates de serpentes desde 2012 (Fotos: Arquivo pessoal)

Dedicado a promover o conhecimento da biodiversidade e a preservação das espécies, o biólogo Paulo Roberto Sinigoski, de 39 anos, está atuando na área de levantamento, resgate e salvamento de fauna há mais de oito anos. 2y3h4i

Desde 2012, Paulo realiza o resgate de serpentes. Até o momento, já salvou dezenas de animais, principalmente quando ocorre enchimento de barragens para formar o reservatório de usinas.

“Fizemos o resgate dentro da cidade, como voluntário para auxiliar a população de salvar os animais”, comenta Paulo.

Jararaca pintada resgatada nesta semana em prédio de Xaxim (Fotos: Arquivo pessoal)

Ele explica que a soltura das serpentes acontece sempre em fragmentos de mata, com todo o cuidado possível. Além de Paulo, outros colegas biólogos auxiliam nos resgates: Milton Carlos de Filtro, Angela Lopes Casa, Marciela Batistela, Thiago Bastiani e Marcio Netto.

O resgate mais recente que o biólogo realizou ocorreu nesta semana, onde uma Jararaca pintada foi encontrada dentro da garagem de um prédio na cidade de Xaxim.

“A moradora me ligou para realizar o resgate, havia crianças e animais domésticos em perigo. A moradora agiu corretamente, não deixou ninguém se aproximar até a chegada do resgate”, conta.

“A preservação dos predadores naturais das serpentes venenosas como, gaviões, gambás e a cobra muçurana colaboram com o equilíbrio do ecossistema. Conserve o meio ambiente: desmatamentos e queimadas devem ser evitados. Além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em paióis, celeiros ou mesmo dentro das casas".

Espécies já resgatadas por Paulo (Fotos: Arquivo pessoal)

O biólogo Paulo Roberto alerta para o perigo de acidentes com serpentes nesta época do ano, e deixa algumas dicas de cuidados para a população.

Confira abaixo:

? Geralmente, as cobras picam do joelho para baixo, portanto, o uso de botas de cano alto evita até 80% dos acidentes. Mas, antes de calçá-las, verifique se dentro delas não há cobras, aranhas ou outros animais peçonhentos;

? Verifique toalhas de banho e roupas de cama;

? Evite andar descalço, se você viver em áreas de ocorrência desses animais;

? Proteja as mãos, não enfie as mãos em tocas, cupinzeiros, ocos de troncos, etc.;

? Em caso de encontrar uma serpente, entre em contato com os bombeiros ou um biólogo experiente no manuseio e captura desses animais.

A página Fauna do Sul no Facebook dá outras dicas e orientações.

O que não fazer em caso de picada de serpente:

? Torniquete ou garrote;

? Cortar ou perfurar o local (ou próximo) da picada;

? Colocar folhas, pó de café ou qualquer substância que possa contaminar a ferida;

? Oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou qualquer outro líquido tóxico;

? Fazer uso de qualquer prática caseira que possa retardar o atendimento médico.

O que fazer:

? Não perca tempo em procurar ajuda, pois o tratamento deve ser feito o mais rápido possível.

? Deitar e acalmar a vítima; o acidentado não deve se locomover com os próprios meios.

? Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.

? Aplicar compressa de gelo no local.

? Transportar (em maca) a vítima ao médico mais próximo, para tratamento (aplicação do soro).

? Sempre que possível levar junto a cobra (viva ou morta), para identificação; ou utilizar o celular para fazer uma imagem do animal, porém, sem se aproximar, sem correr perigo de ser atacado.

"Seja amigo das serpentes e não mate estes animais, eles são muito importantes ao meio ambiente".

Espécies já resgatadas por Paulo (Fotos: Arquivo pessoal)

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