"A gente não muda o mundo todo com uma atitude, mas já é um pedacinho dele". 6xe5h
A ponteserradense Émely Pauline Gallo, de 23 anos, sempre sonhou em poder ajudar as pessoas de alguma forma. Poder mostrar que, mesmo com atitudes pequenas, consegue fazer a diferença na vida de alguém e levar esperança para quem a por momentos difíceis.
Com cabelos sempre compridos, ela viu nos fios uma forma de poder contribuir com pessoas doentes, já que a madrinha dela, Rosméri Vicensi, acabou falecendo por conta de um câncer, em março deste ano.
Há dois anos planejando fazer a doação dos cabelos que sempre cuidou com muito amor, o momento foi se adiando com a chegada da pandemia. Depois, com a morte de Rosméri, Émely percebeu que não poderia mais esperar. Émely aguardou a chegada do Outubro Rosa para fazer a doação do cabelo, por acreditar ser a data perfeita e ter mais visibilidade na causa e também para incentivar mais pessoas a fazerem o mesmo.
"Eu encontrei muita gente do bem no meu caminho, e eu queria ser essa pessoa na vida de alguém".
Durante todo o processo de espera, até que o cabelo estivesse na medida certa para ser cortado, Émely contou que ou a cuidar dos fios, cortando sempre em linha reta para entregar um cabelo saudável à quem fosse receber.
Incentivando a caçula
Julia Gallo é a irmã mais nova de Émely. Com sorriso de orelha a orelha, ela demonstrou a todo o momento o quanto estava empolgada com a ideia de poder cortar e doar os cabelos castanhos.
A menina de nove anos recebeu bastante incentivo de Émely, e não demorou muito para aceitar a ideia de fazer a doação junto com a irmã mais velha.
“Era um desejo do meu coração, e expliquei pra Julia, mostrei as crianças com câncer e quando ela viu já demonstrou vontade em doar também, ‘para as crianças carecas’, ela diz”, contou Émely Gallo.
Juntas, elas fizeram a doação de 30 centímetros de cabelo, cada uma, para a Rede Feminina de Combate ao Câncer, de Ponte Serrada.
“Que a receptora da peruca receba também todo o amor que eu tive pelos meus cabelos, que sua esperança seja renovada e ela ree o bem, de alguma forma. A gente não muda o mundo todo com uma atitude, mas já é um pedacinho dele”, finaliza a jovem.
“A rede enaltece essa atitude de amor, de carinho, de doação, de respeito com o próximo por parte delas, porque a gente ira essa doação enquanto ser humano. Foi uma atitude louvável, onde as duas, apesar das limitações, estão tentando fazer a diferença, serem diferentes nesse mundo onde a gente nem sempre encontra o próximo com boas intenções ou com coração voltado em ajudar”, comentou Rubia Caroline Wrubel, representante da Rede Feminina de Câncer, de Ponte Serrada.
A Rede também recebe doações de cabelo em Ponte Serrada. Os fios são enviados à Xanxerê, onde uma cabeleireira confecciona perucas de forma voluntária, para mulheres que estão em tratamento oncológico.
MPSC investiga instalação irregular de cabos em postes de Chapecó
Automóvel incendiado é encontrado abandonado nas margens de rodovia