Quando se está em fase final dos estudos no ensino médio, boa parte dos jovens se prepara para ingressar na faculdade e seguir carreira em alguma área que goste e que se identifique bastante. 195y5t
Durante esse processo de escolha de qual curso procurar, em qual área se encaixar, muitos acabam seguindo no impulso e escolhendo áreas das quais, muitas vezes, não fazem conexão com suas vidas.
A jovem Isabel Bevilacqua, de 21 anos, por exemplo, teve bastante dificuldade para escolher qual faculdade cursar após finalizar os estudos no último ano do ensino médio. Moradora de Pinhalzinho, ela conta que estava entre Agronomia, Engenharia Ambiental ou Jornalismo, áreas bem distintas uma da outra.
“Foi uma época tensa e só quem a por indecisões sabe do que estou falando”, relata.
Isabel participou, junto com os colegas de turma, de um evento inclusivo em uma faculdade local, na cidade de Chapecó, onde foi apresentada ao curso de Jornalismo, a deixando ainda mais cativada pela terceira opção de profissão que tinha.
“Jornalismo era um dos cursos que eu tinha interesse, mas eu precisava de mais informações para saber se realmente era isso que eu queria para a minha vida, então, eu lembro de ter entrado nos estúdios de rádio, de TV e de fotografia, e ficar fascinada com esse mundo todo que o jornalismo abrange”, relembra ela, que se formou em Jornalismo no final de 2020.
Ainda cursando a faculdade, no segundo ano, Isabel recebeu uma proposta para trabalhar na área de Jornalismo, na cidade onde reside, e foi ali que ela colheu experiências da profissão e deu continuidade ao sonho.
Uma jornalista no mundo literário
Isabel Bevilacqua se considera uma pessoa bastante sonhadora. Gosta de se desafiar e “não tem medo de trilhar o próprio caminho”.
Ela diz ser apaixonada pelas coisas boas e simples da vida, e cita também a literatura nesse contexto. Isabel diz ter uma boa relação com livros e que as histórias de romance e suspense são as que mais prendem a sua atenção, assim como crônicas, que é um gênero caracterizado por textos curtos e de linguagem bastante simples.
Atualmente, Isabel trabalha como jornalista freelancer e atua no mercado de conteúdo digital. Além disso, também a boa parte do tempo lendo e escrevendo.
Isabel foi criada no interior de Jardinópolis, no Oeste de Santa Catarina, uma cidade que, segundo os dados do IBGE de 2010, possui pouco mais de 1,7 mil habitantes. Foi acostumada com a cultura da roça e se sentiu um pouco “perdida” ao ter que se mudar para Pinhalzinho, também no Oeste do Estado, e aprender a viver uma nova vida, e uma nova realidade.
Ainda em Jardinópolis, Isabel sempre teve em mente que escreveria um livro. Com o pé já dentro da faculdade de Jornalismo, a ideia foi aflorando ainda mais e tornando o sonho cada vez mais próximo. Principalmente porque sempre quis contribuir de alguma maneira com o município onde nasceu e viveu boa parte da vida.
“Um livro fornece uma oportunidade de compartilhar conhecimentos com outras pessoas. Além disso, ele deixa uma marca de agem pelo mundo, então, isso intensificou o desejo dessa realização”.
Com a chegada do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), Isabel se via diante da procura por um conteúdo que se encaixasse com o que ela gostava. E nesse momento, ela colocou em prática um dos papéis importantes do Jornalismo, que é a arte de contar histórias.
“O tema surgiu junto com a sede de conhecer os diferentes costumes, os modos de se viver, de construir uma família, de ser feliz no interior. E em Jardinópolis, porque é justamente o município que eu tenho um sentimento de pertencimento”, explica Isabel.
Processo de criação da obra
Colocar o trabalho em prática acabou se tornando um desafio ainda maior para a jovem, porque em 2020, último ano em que estava cursando Jornalismo e que se formaria como profissional, chegou a pandemia e deixou tudo mais difícil.
Como o trabalho dela envolveria entrevistas, Isabel manteve todos os cuidados necessários e tudo saiu como planejado.
“A escolha dos personagens aconteceu num dia frio, quando sentada ao redor do fogão a lenha com meu pai e minha mãe eu pedi pra eles me ajudarem nesse processo de escolha, e eu buscava por famílias tradicionais sim, mas que de certa forma tivessem alguma particularidade algo incomum. Então no livro é possível conhecer histórias singulares que não se encontram em qualquer outro município”.
A escritora escolheu o gênero "crônicas" para desenvolver o projeto. Foram meses trabalhando em cima do livro para poder finalizá-lo e conseguir entregar um trabalho honroso.
“Interioranos: um olhar a singularidade do campo em Jardinópolis" foi lançado em maio deste ano, pela editora Palma da Mão. São 100 páginas que relatam histórias do campo, da vivência das pessoas no mundo rural, e em como trabalho delas é importante para todos.
“Sinto muita gratidão pelos últimos anos, que foram de muita evolução. Meu desejo é continuar escrevendo e desenvolvendo um dos papéis do jornalismo que é a arte de contar histórias”, finaliza.
Para quem quiser adquirir o livro de Isabel, basta entrar em contato com ela pelo número (49) 9 2000-6278 ou pelo Instagram @isaabevilacqua/@isa_em_versos.
Para conhecer melhor a obra, você pode ar este link para ter o a um trecho cortesia.
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