A 2ª Vara de Fraiburgo, no Meio-Oeste catarinense, autorizou nesta quinta-feira, dia 22, a quebra de sigilo de dados telefônicos dos celulares do dentista Rafael Caranhato, assassinado na sexta-feira, dia 16, no município e do acusado pela morte do jovem. Com isso, a perícia poderá extrair informações dos aparelhos e recuperar arquivos já excluídos. 5n4b4
O corpo de Rafael, que tinha 24 anos, foi achado por colegas de trabalho na casa em que morava, na manhã de sexta. A denúncia foi recebida pela Justiça e o preso virou réu.
O acusado, de 22 anos, está preso preventivamente. A Justiça aceitou a denúncia pelos crimes de latrocínio e transporte de droga para consumo pessoal. Para o Poder Judiciário, o crime foi cometido com requintes de crueldade e mediante premeditação.
Denúncia
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o assassinato ocorreu na madrugada de sexta no apartamento de Rafael. Ele jantou com o réu, foi deitar e, em seguida, foi atacado com um canivete. A vítima foi atingida no pescoço, rosto, tórax, abdômen, braço e mão.
Após atacar o dentista, o assassino roubou cartões bancários, dinheiro e outros bens dele. Depois, cortou o dedo da vítima.
O réu saiu do apartamento de Rafael com o carro dele e os pertences roubados no início da manhã de sexta. Em seguida, ou em uma agência bancária e sacou mais R$ 2 mil usando as impressões digitais do dedo cortado.
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que os terminais de atendimento "estão equipados com o que há de mais moderno em termos de biometria. Não é possível realizar transações com as características apresentadas".
A vítima foi encontrada sem vida, embaixo das cobertas, depois que colegas sentiram a falta de Rafael no trabalho e chamaram a polícia, por volta das 10 horas de sexta.
Polícia pede mais informações
A Polícia Civil de Fraiburgo vai pedir mais informações ao banco onde o réu teria usado o dedo da vítima para fazer um saque, conforme a denúncia do MPSC.
"Ele teria realizado o saque através do dedo, mas precisa de mais elementos", afirmou o delegado responsável pelo caso, Wanderson Silveira. "Vamos solicitar uma cautelar, solicitar informações ao banco através do juízo", completou.
Além disso, o delegado informou que ainda não recebeu imagens das câmeras de monitoramento da agência bancária, que poderiam confirmar como ocorreu o saque.
Investigação
Além de mais informações sobre o saque, a Polícia Civil também quer esclarecer outras circunstâncias relacionadas ao crime, como se a vítima era familiarizada com o criminoso. "A colega de quarto não conhecia o suspeito. A vítima não tinha o hábito de sair, a rotina era trabalho e casa", disse o delegado.
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