Pipe junto com Tiago Sitta e DJ Roh em gravação há dois anos (Foto: Arquivo pessoal)

A música sempre esteve presente na vida de Luiz Felipe Ribeiro de Mello, conhecido como Pipe, de 23 anos. Desde muito pequeno, o ponteserradense se interessava pelas canções que tocavam na rádio local enquanto a mãe fazia o serviço da casa. 591d6

Desde pequeno, o jovem foi incentivado no mundo da música, mas a peça chave para que ele entrasse de vez nesse mercado foi em 2019, durante uma temporada que ele ou na casa da tia, em Mato Grosso.

Pipe permaneceu em Primavera do Leste por três meses e conheceu quatro pessoas que foram essenciais no crescimento dele na música: os três MCs Diego, Cabral e Xande, além do DJ Tato.

“Eles tinham uma gravadora pequena e eles estavam fazendo um projeto de freeverse, que é você fazer um verso de um minuto sobre a situação do Brasil, e eu fiquei interessado”.

Pipe voltou para a casa da tia e, em 15 minutos, deixou o trabalho do qual nunca tinha participado antes, pronto. O freeverse de Luiz Felipe agradou o DJ e foi parar na página de Facebook do grupo na época, sendo a mais engajada entre os seguidores.

“A partir daí voltei pra Ponte Serrada e comecei me empenhar no meu sonho. Escrevi umas letras e, com ajuda de alguns amigos, fui pra Florianópolis na gravadora FUNK FC gravar duas músicas”.

MC Pipe em gravação de música há dois anos (Foto: Arquivo pessoal)

Carreira no funk

MC Pipe cria canções em outro gênero também, mas tem um carinho especial pelo funk, de onde tudo começou.

“Por enquanto ainda não temos um “MC”, que chegou num patamar reconhecido da nossa região e esse é meu sonho, chegar ou inspirar alguém pra chegar lá”.

“Piloto” e “Bailão”, as músicas que Pipe gravou em Florianópolis, estão disponíveis no YouTube, porém, sem clipe. Mas, conforme Luiz Felipe, a ideia para os próximos projetos é de lançar um vídeo clipe das canções.

“A inspiração vem da minha vivência dos meus amigos, mas tenho minhas referências como ídolos que é muito importante pra mim, como MC Hariel, MC Kevin que faleceu, e o próprio Chorão do Charlie Brown Junior”.

Além das duas músicas já disponíveis, MC Pipe se prepara para lançar a terceira na próxima semana. O funk “Brota na Base” foi gravado há um ano em Joaçaba, em parceria como MC Tio Sam, do Rap, de Catanduvas. Outras quatro que foram escritas por ele ainda não têm data para lançamento.

Para Pipe, a expectativa está sendo muito boa, porém sempre com o pé no chão, “fazendo o que a gente gosta”. Outras duas músicas foram gravadas na semana ada, com participação especial do MC Kelvin, Dj Roh DM e do ponteserradense Tiago Sitta. 

A música estará disponível no YouTube e nas demais plataformas digitais, como Dezeer e Spotify.

Fundadores do bloco Os Colonos (Foto: Divulgação)

Destaque no carnaval de salão

Luiz Felipe nunca tinha participado do Carnaval antes. Nem mesmo nos de salão que são realizados em Ponte Serrada há muitos anos.

Ele contou que acompanha os blocos carnavalescos através dos tios que participavam do “Allan Bik”, o maior bloco no município atualmente.

Neste ano, após a retomada das festividades no Clube Aimoré, Pipe foi convidado pelos amigos Gilson Damaceno e Nordival, conhecido como Nordinho, para fazer parte do bloco “Os Colonos”.

Durante as três noites de folia em Ponte Serrada, Pipe acompanhou o grupo composto por aproximadamente 110 integrantes e ganhou premiação pela animação e exemplo de superação.

Ele sofreu um acidente no final de 2021, após mergulhar em uma piscina e bater a cabeça no fundo, no lado mais raso. No trauma, o jovem fraturou a coluna e acabou ficando paraplégico.

“Eu nunca esperava por isso. Fiquei emocionado e muito feliz, mas esse prêmio o mérito é todo do bloco por me apoiar e me dar total apoio. Sem eles eu não estaria ali no dia”, comenta.

Bloco Os Colonos que Pipe faz parte (Foto: Divulgação)