O desaparecimento da advogada Alessandra Delatorre, de 29 anos, completou um ano neste domingo, dia 16 de julho. Na data, a jovem saiu de casa para caminhar, atividade que sempre realizava, em São Leopoldo, cidade que residia no Rio Grande do Sul. Depois disso, Alessandra não foi mais vista. 3i1g65
Segundo a família, ela não levou o celular, nem documento de identificação. Imagens de câmeras de segurança mostram Alessandra usando um moletom preto e calça da mesma cor.
O local em que Alessandra foi vista pela última vez é próximo a um lugar com vegetação alta. A polícia, com auxílio dos bombeiros e de voluntários, fez buscas pela mata na época. Cães farejadores e um helicóptero também ajudaram nos trabalhos.
Amigos e familiares distribuíram cartazes, gravaram vídeos, ofereceram recompensa para quem a localizasse com vida e também contrataram equipes particulares para auxiliar na investigação.
Sem pistas
Conforme informações divulgadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo, o inquérito segue em andamento, mas novos indícios não foram encontrados. E depois de um ano, a polícia ainda não descarta nenhuma possibilidade para o desaparecimento.
"É difícil lidar com hipóteses, o que temos são os fatos. Os fatos são que ela entrou naquela mata e não temos certeza de que ela saiu. Os cães farejadores não conseguiram dar certeza de que ela saiu", avaliou a delegada Mariana Studart
Família descarta suicídio
Durante as buscas, foi localizada uma garrafa plástica usada pela advogada no dia do sumiço. Em janeiro, o Instituto Geral de Perícias (IGP) concluiu o laudo, que encontrou uma mistura de um medicamento para tratar transtorno de déficit de atenção e uma bebida energética com cafeína, geralmente usada em pré-treinos físicos. Para o advogado da família, o resultado enfraquece a possibilidade de suicídio.
"Temos esperança de encontrar, sim, ela com vida. Nós tivemos em princípio uma varredura total, foi o que os bombeiros afirmaram na época. Exatamente por isso, a posição da família é pela ausência da possibilidade de suicídio, porque ninguém se mata e esconde o próprio corpo, e nós não encontramos corpo na região da mata", diz o advogado Matheus Trindade.
Filha única
Filha única, Ale, como era carinhosamente chamada pela família, morava com os pais e estava estudando para concurso público. A advogada é descrita como uma pessoa simples e amorosa, que faz amizade fácil e adora animais.
Uma missa em homenagem a Alessandra foi realizada neste domingo, dia 16, e marcou a data em São Leopoldo. A conta @ProcurandoAle, no Instagram, tem mais de 6 mil seguidores. Nas publicações, os familiares fazem um apelo também dirigido a Ale: "Filha amada, se tu podes retornar para nossa casa, volte. Estamos desesperados com a tua ausência. Te amamos".
A Polícia Civil afirma que a investigação só será encerrada quando o mistério sobre o paradeiro dela for esclarecido. Informações que possam ajudar nas investigações podem ser readas pelo telefone 0800-642-0121 ou (51) 9 9771-5838.
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