“Ser agricultor exige comprometimento e amor no que se faz” 6n2631

Conheça a história da agricultora Laridani Cagliari, moradora da comunidade Baia Baixa, em Ponte Serrada 715v5t

Por Giulia Sacchetti Ferreira 2k1v4g

28/07/2023 11h56 - Atualizado em 28/07/2023 12h01 3n2ew





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O Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data criada em razão de ter sido nesse dia, em 1960, a fundação do Ministério da Agricultura, no mandato do então presidente Juscelino Kubitschek.

A data é uma forma de homenagear quem sustenta o Brasil, além de agradecer aos responsáveis por alimentar as famílias brasileiras e fazer do país uma potência econômica.

Para falar melhor sobre o assunto, o Oeste Mais conversou com Laridani Berndt Cagliari, agricultora e moradora da comunidade Baia Baixa, no interior de Ponte Serrada.

Natural de Irani, Laridani é filha dos agricultores Alice e Remildo Berndt. Ela residiu no interior de Lindóia do Sul até o ano de 1990, onde aprendeu desde cedo a trabalhar ajudando os pais na propriedade.

“Meu pai sempre participou das lutas a favor dos direitos dos agricultores, desde cedo nos incentivava sempre a participar das reuniões e treinamentos que aconteciam na comunidade, dizia que sempre íamos aprender algo novo e sempre falava quando perguntarem qual é nossa profissão a resposta é: AGRICULTORES. Nos ensinou desde cedo a ter orgulho de nossa profissão”, conta.

Em 1990, Laridani casou-se com Neudir Cagliari e ou a morar com ele na comunidade de Baia Baixa, interior de Ponte Serrada. Com isso, 32 anos depois, o casal ressalta que nem sempre foi fácil. Atualmente, a propriedade da família trabalha com gado de leite, suínos e área de reflorestamento.

“Houve tempos difíceis, trabalho braçal, poucos recursos. Ser agricultor exige comprometimento e amor no que se faz, pois é trabalho de segunda a segunda”, diz.

Propriedade familiar trabalha com gado de leite, suínos e reflorestamento (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo Laridani, com o ar do tempo, a família acompanhou a mudança e a transformação na agricultura e atualmente o trabalho é quase todo mecanizado, o que melhorou muito a maneira de trabalhar e a renda das famílias.

As palestras e treinamentos de cooperativas, Senar, Epagri, prefeitura e outros órgãos, ajudaram em muito o desenvolvimento, tanto nos trabalhos quanto na mentalidade das pessoas. “Participei por muitos anos como líder das mulheres na Copérdia e no grupo feminino na comunidade. As mulheres na agricultura a exemplo de outras profissões também foram conquistando seu espaço”, ressalta a agricultora.

Mulheres à frente da agricultura

Atualmente, assim como Laridani, as mulheres agricultoras são motoristas, vão para a cidade, pagam as contas, dividem a responsabilidade e trabalham em conjunto.

“Hoje há diálogo, as decisões são da família e não só do homem como antigamente. Hoje as propriedades rurais são empresas, onde tudo é organizado com programas de gestão. Hoje minha rotina é a ordenha das vacas, o cuidado com a casa, com a alimentação e também cultivo alguns alimentos para nosso consumo. Quando olho o tempo que ou, olhando tantas mudanças que aconteceram ao longo da história, lembro com tristeza o que as mulheres de gerações adas sofreram, mas também com um olhar de gratidão, pois foi ao ver tanto sofrimento que nós mulheres amos a lutar pelos nossos direitos”, destaca.

Da direita para esquerda, Jefferson, Laridani, Natalia, Neudir e a esposa de Jefferson, Marciana (Foto: Arquivo Pessoal)

Filhos

Laridani e Neudir contam com orgulho dos dois filhos, Jefferson, de 30 anos, e Natalia, de 18. O mais velho é formado em medicina veterinária. Ele trabalhou com suínos em Caibi por 3 anos, mas segundo a mãe, viu que não era o que queria. Com isso, retornou para perto da família e trabalha com gado de leite e corte em uma propriedade próxima dos pais. Já a caçula Natalia está cursando medicina em Mauá, no estado de São Paulo.

Legado e conquistas

"Eu tenho orgulho em dizer que sou agricultora, orgulho da minha trajetória, de minhas conquistas, da minha história que estou escrevendo ao longo dos anos. Aos 50 anos hoje, me sinto realizada, tenho muito orgulho da minha profissão, da família que formamos, dos dois filhos Jefferson e Natalia, aos quais ensinamos o valor do nosso trabalho, sabem que tudo o que conquistamos veio da agricultura”, finaliza.

Sala de ordenha e alimentação para as vacas na propriedade (Foto: Arquivo Pessoal)

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