Estar no volante de qualquer veículo exige concentração e competência, mas quando se trata de caminhões e carretas, a demanda por habilidade e experiência é ainda maior. Clair Bettu, ponteserradense de 41 anos, é a prova viva dessa realidade, uma motorista de carreta apaixonada pelo que faz e uma verdadeira pioneira no universo predominantemente masculino das estradas. 46j14
Há quase uma década, Clair iniciou a jornada como motorista de carreta, realizando entregas e viagens longas por todo o país. Longe da família em datas comemorativas, ela encara a saudade com um sorriso no rosto, pronta para mais um dia de trabalho que é a verdadeira paixão.
A trajetória de Clair no mundo das estradas começou em 2016, quando adquiriu experiência dirigindo ônibus, transportando funcionários de um frigorífico em Ipumirim, no Oeste catarinense. Influenciada pelo irmão mais novo, Aderlei, motorista de caminhão, Clair se encantou com a profissão e aceitou o desafio.
A oportunidade de ingressar na Transportadora Lunardi, sediada em Xaxim, foi o ponto de partida para a jornada como motorista de carreta. A primeira viagem, com destino a Belém, no Pará, foi marcada por desafios, perrengues em São Paulo e sufocos no Rio de Janeiro, detalhes que Clair compartilha em um podcast exclusivo no portal Oeste Mais (assista abaixo).
Após essa experiência intensa, Clair decidiu dar uma pausa, mas a saudade do volante falou mais alto. Ela trabalhou em uma transportadora em Chapecó por três meses, enfrentando desafios em São Paulo e Rio de Janeiro, onde superou receios em relação à segurança nas estradas.
Após um breve período fora do volante, Clair soube de uma oportunidade na empresa Avelino Bragagnolo, em Faxinal dos Guedes. Determinada, ela se tornou a primeira mulher a assumir o volante de um veículo de carga na empresa, inicialmente composta apenas por motoristas homens.
Com as chaves da carreta em mãos, Clair partiu para a primeira viagem da empresa, transportando embalagens de papelão e bobina para diversos destinos no país. Foi nesse ambiente que ela ganhou a maior experiência da vida, auxiliada em todas as etapas do trabalho.
Permanecendo quase cinco anos na empresa, Clair abriu portas para outras mulheres na profissão. Bragagnolo ou a contratar mais motoristas femininas, graças ao exemplo de Clair. Atualmente, ela está na Transportadora D.L, de Xaxim, fazendo exportações para Rondônia e Mato Grosso, assumindo novamente o papel de primeira mulher contratada na empresa.
A história de Clair Bettu inspira e incentiva outras mulheres a correrem atrás dos sonhos, quebrando estereótipos e mostrando que não há limites para o que podem alcançar. Ela é uma verdadeira pioneira nas estradas do Oeste catarinense, deixando um legado de coragem e determinação.
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