Senegalesa que teve filho com pouco mais 1,6 kg e precisou de cirurgia cardíaca recebe alta em Xanxerê 38al

Ndeye Fatou Seck, de 27 anos, estava internada desde fevereiro e recebeu alta com o filho após quase três meses no HRSP. 1l558

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

28/05/2024 18h09 - Atualizado em 29/05/2024 09h53 293x3l



Família e equipe do HRSP comemoram alta hospitalar (Foto: Divulgação)

Foram quase três meses de uma batalha pela vida. A senegalesa Ndeye Fatou Seck, de 27 anos, ou o final da gestação internada no Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, onde deu à luz e foi submetida a uma cirurgia cardíaca logo após o nascimento do filho. A mãe e o menino receberam alta na última sexta-feira, dia 24. A história foi divulgada nesta terça-feira, dia 28, pela assessoria de imprensa do HRSP. 3b2cw

Moradora de Xaxim, a 20 quilômetros de Xanxerê, Ndeye chegou ao hospital no dia 7 de fevereiro deste ano, com 21 semanas de gestação. Com um problema cardíaco que exigia importante atenção clínica, ela ou o restante da gravidez recebendo cuidados médicos. A intenção era que a paciente pudesse levar a gestação adiante para depois fazer o procedimento cirúrgico.

Foram mais de 80 dias e duas cirurgias (cesárea e cardíaca) para garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê, que nasceu no dia 22 de abril, com 32 semanas. O pequeno Serigne Fallou Mbengue pesou apenas 1,605 kg.

Pequeno Serigne nasceu com 32 semanas e pesou apenas 1,605 kg (Foto: Divulgação)

Algumas semanas depois, no dia 15 de maio, Ndeye foi submetida ao procedimento cardíaco para a troca da válvula mitral biológica, recuperando-se em seguida na UTI Coronariana. Serigne permaneceu internado na UTI Neonatal.

“O HRSP é referência em alta complexidade de cardiologia para todo o grande Oeste catarinense. Quero parabenizar nesse momento a todos os profissionais do HRSP, desde as equipes médicas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, assistente social, equipe de nutrição, higienização, enfim, todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que essa história tivesse o final esperado” comemorou o diretor técnico da instituição, médico Mário Augusto Marques

Ensaio fotográfico

Ensaio fotográfico foi feito de forma voluntária (Foto: Estúdio Kolling)

Durante o período, o Grupo de Humanização do hospital, sensibilizado com a história da gestante, que não podia sair do HRSP, também organizou um ensaio fotográfico com a família.

A equipe procurou os profissionais da Kolling Studio e a maquiadora Edilene Balen, que se comoveram com a história e fizeram os registros de forma voluntária (veja mais fotos ao final da reportagem).

Amizade com a equipe

Longe do esposo Ndiasse Mbengue, que precisou seguir a rotina de trabalho em Xaxim, a mulher foi acolhida pelos profissionais do HRSP, que inevitavelmente criaram laços de amizade com a paciente, mesmo tendo a língua como barreira.

Médica cardiologista Marinês Peres foi uma das profissionais que acompanhou a gestante no HRSP (Foto: Divulgação)

A assistente social do hospital, Maquieli Casaril, explica que uma tradutora de Francês, cedida pela Secretaria de Saúde de Xaxim, foi chamada muitas vezes para facilitar a comunicação. “Além disso, os profissionais usaram muito o Google Tradutor. O marido dela já fala melhor o português e a Ndeye também já está se comunicando bem”, conta.

Apoio psicológico

A psicóloga Charlise Pereira acompanhou mãe e filho ao longo do tempo de internação e manifestou a alegria em ver o bebê recebendo alta e a paciente se recuperando.

“O caso da Ndeye e do bebê envolveu, além de toda a equipe médica e multiprofissional, também o Grupo de Humanização. Até mesmo um mini chá de bebê, com presentes para a criança, foi proporcionado para a gestante. Esse é um caso onde a longa permanência no ambiente hospitalar exige uma série de cuidados e demanda de atenção para garantir a saúde e o bem-estar físico e mental”, pontuou.

Veja as fotos do Estúdio Kolling, com maquiagem de Edilene Balen:


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