VÍDEO: Mãe encontra inspiração na cozinha para superar problema sério de visão 3y6i1w

Patrícia Rodrigues de Morais foi diagnosticada com doença rara que afeta as vistas. 1r1b65

Por Kiane Berté 6q1x24

17/11/2024 12h05 - Atualizado em 11/12/2024 16h18 20486q



Com ajuda da filha, Patrícia faz doces mesmo com problema sério de visão (Foto: Oeste Mais)

Aos 26 anos, Patrícia Rodrigues de Morais, moradora da Vila Pouso dos Tropeiros, em Ponte Serrada, encontrou na cozinha um lugar de inspiração e superação. Diagnosticada com a doença de Stargardt, uma condição genética rara que está progressivamente afetando a visão (entenda mais abaixo), Patrícia precisou encontrar formas criativas de se adaptar. 5q236w

Sem conseguir enxergar direito, ela usa as mãos e o olfato para preparar doces e salgados que vende aos clientes da comunidade e da cidade, tudo com a ajuda da filha.

“Gosto muito do que faço, não só pelo dinheiro, mas sim pela oportunidade que eu tenho. Deus me deu essa oportunidade e eu a agarrei com as duas mãos, firmes e fortes”, comenta Patrícia. “Eu acabo esquecendo do meu problema, das dificuldades, e enfrento elas de cabeça erguida como eu acho que cada pessoa deve fazer”.

Sem nunca ter feito um curso de confeitaria, ela aprendeu sozinha a preparar os produtos que hoje ajudam a sustentar o lar, comprando móveis, roupas e contribuindo nas contas da casa. Mais do que uma renda, o trabalho é uma maneira de se distrair e lidar com o desafio de perder boa parte da visão.

Assista ao vídeo abaixo:

  • Apoio da filha
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  • Patrícia conta com uma ajudante importante no trabalho de confeitaria. A filha Maria Eduarda, de 8 anos, tornou-se “os olhos” da mãe na cozinha e no atendimento aos clientes.

A menina ajuda a finalizar os doces e cuida do dinheiro, garantindo que a mãe não tenha problemas com o troco. “Ela é meu braço direito, me dá força para enfrentar as dificuldades”, diz Patrícia, com orgulho.

Doença de Stargardt e os desafios

A doença de Stargardt é uma condição degenerativa hereditária que causa a morte das células responsáveis pela visão central. O diagnóstico chegou enquanto Patrícia ainda estava no ensino médio, em 2013, e não trouxe boas notícias: óculos ou transplantes não ajudariam, pois o problema atinge a mácula, parte da retina responsável pela visão nítida.

A dificuldade que Patrícia tem em enxergar afeta a percepção tanto de perto quanto de longe, dificultando até mesmo ler mensagens no celular ou distinguir pessoas.

Além das limitações físicas, o impacto emocional foi grande. Patrícia chegou a enfrentar um princípio de depressão, devido ao medo de que a doença a impedisse de levar uma vida normal.

Porém, com a chegada de Maria Eduarda, a filha única, sentiu esperança de continuar a lutar pela vida e por uma qualidade de vida melhor. “Pensei que eu seria um exemplo para minha filha, e se um dia Deus permitir que eu perca a visão completamente, já estou preparada, e ela saberá que estarei sempre ao seu lado”, finaliza.


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