Primeiro bebê de etnia guarani de 2025 nasce no hospital de Xanxerê j1e6q

Recém-nascido representa continuidade e fortalecimento da comunidade, que possui o menor número de habitantes na região. 44275g

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

29/01/2025 12h33 - Atualizado em 29/01/2025 12h56 3b5x62



Nascimento de bebê reforça e fortalece a etnia guarani (Foto: HRSP/Divulgação)

O primeiro bebê de etnia guarani a nascer neste ano no Hospital Regional São Paulo (HRSP), de Xanxerê. Rafael Kuaray Neuhaus Martins nasceu na segunda-feira, dia 27, às 10h30. O menino é o segundo filho de Marieli Neuhaus, de 27 anos, e Silvanês Kuaray Martins, de 37 anos. 6n205j

Marieli atua como agente comunitária de saúde e Silvanês é professor da língua Guarani e cacique da comunidade linha Limeira, em Entre Rios, no Oeste catarinense. Com aproximadamente 37 famílias – pouco mais de 100 pessoas, a comunidade é a única guarani da Terra Indígena Xapecó – a maior de Santa Catarina, onde vivem quase sete mil indígenas das etnias kaingang e guarani.

Para o casal, a chegada de Rafael representa a continuidade e o fortalecimento da cultura guarani, que possui o menor número de habitantes na região. “Eu estava tomando bastante medicação e mesmo assim engravidei e a gestação ocorreu bem. No momento do parto, o bebê não estava na posição correta para o nascimento de parto natural, por isso foi feita cesariana e Rafael veio ao mundo forte e saudável. Estamos aumentando a população Guarani,” destaca a mãe. Ela ainda destacou que outras gestantes da comunidade também terão bebês em breve.

“Para nós, o nascimento de mais um guarani é muito importante. Estamos ensinando a língua, reando os costumes e tradições. Isso fortalece a nossa etnia”, comentou o pai, que está extremamente feliz com o nascimento do filho.

Rafael Kuaray nasceu nesta segunda-feira, dia 27 (Foto: HRPS/Divulgação)

Escolha do nome

O nome escolhido para o bebê, Rafael Kuaray, também carrega um significado especial. “A palavra ‘Kuaray’ significa sol. Pesquisei com os mais velhos da comunidade para essa escolha, que envolve todo um ritual”, revela o cacique. Segundo Marieli, “como o sol, é uma criança que veio para iluminar nossas vidas.”

Acolhimento

Junto com Marieli, no mesmo quarto de internação na maternidade do HRSP, está outra mãe indígena. Conforme a gerente de atendimento do HRSP, Fabíula Cichelero, a proximidade das etnias faz parte de um amplo protocolo de atendimento humanizado e respeitoso com as comunidades indígenas.

“O Hospital Regional São Paulo trabalha em conjunto com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, bem como a gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no SUS. Buscamos garantir um acolhimento que respeite os saberes e a cultura indígena. Parabenizamos Marieli e Silvanês pela chegada de Rafael e desejamos muita saúde e felicidade para a família”, completou Fabíula.


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