Com programa Mão Amiga, Chapecó enfrenta aumento na demanda de moradores de rua vindos de outras cidades 2z4o50

Município ressalta que não pode atender pacientes, que estão sendo encaminhados de volta aos municípios de origem. 1k2g45

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

27/03/2025 20h08 5i3k4m

Com o sucesso do programa Mão Amiga, que encaminha as pessoas que estão nas ruas de Chapecó por conta do vício em drogas ou álcool para realização de tratamento através do internamento involuntário, moradores de outras cidades estão procurando o município para buscar ajuda. 1q6x6z

Vilmar, (nome fictício), morador de um município paranaense, chegou em Chapecó nesta quarta-feira, dia 26, buscando mudar de vida. Ele e a esposa estão enfrentando as consequências do uso do álcool e drogas. Desde novembro, o casal perdeu a guarda dos filhos e está tentando tratamento.

A cena, conforme a prefeitura, tem se tornado comum em Chapecó, devido ao programa, que já atendeu mais de 500 pessoas em três anos. Na semana ada, três pessoas chegaram de ônibus em Chapecó. Eles vieram após orientação da equipe técnica da cidade de origem, que fica no Rio Grande do Sul.

O secretário da Família e Proteção Social, Luciano Huning, relatou que, por ser um dos poucos municípios do Brasil com uma política pública voltada a moradores de rua e dependentes químicos, demandas de outras cidades estão sendo encaminhadas para a cidade.

“Estamos enfrentando dificuldades, pois outros municípios estão enviando pacientes para tratamento aqui, não estão conseguindo atender os seus e estão ando a responsabilidade para Chapecó. E isso é preocupante”, afirmou.

De acordo com a diretora de Acolhimento e Apoio de Dependentes Químicos da Secretaria da Família e Proteção Social, Paula Gai, nesses casos, as pessoas são encaminhadas de volta ao município de origem, pois a Prefeitura de Chapecó tem a responsabilidade de cuidar apenas dos cidadãos do município, e não pode ficar recebendo pacientes de outras cidades.

“Cada município tem que desenvolver suas políticas públicas para enfrentar esses problemas. Somente neste ano nós já notificamos um município de Santa Catarina, que enviou três pessoas para cá, e dois do Rio Grande do Sul, sendo que um mandou seis pessoas e outro mandou duas”, disse Paula.

Dados

O Programa Mão Amiga existe desde 2022 e já atendeu 539 pessoas, sendo que destas, 319 estão bem e 124 estão em tratamento. Apenas 75 recaíram, 14 faleceram e sete estão reclusos.

Para atender essas pessoas, Chapecó adquiriu recentemente um espaço para acolhimento e tratamento destas pessoas.

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