Bebê sobrevive após nascer com pouco mais de 600 gramas em SC 1d725

Recém-nascido de apenas 23 semanas recebeu alta 150 dias depois do parto. 5v2g5g

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

08/04/2025 11h20 4j2sf



Pequeno Noah no colo da mãe Dheryolynny (Foto: Leo Munhoz/SECOM)

A chegada de um filho é sempre um momento de expectativa e emoção, mas para algumas mães, esse capítulo também traz grandes desafios, como o enfrentado por Dheryolynny Silva Campos. A mãe de primeira viagem ficou 150 dias ao lado do filho Noah, que nasceu prematuro extremo, com apenas 23 semanas e 5 dias, pesando 635 gramas, em outubro de 2024, na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis. 4x2d47

Tão frágil quanto guerreiro, o pequeno desafiou as estatísticas e é o primeiro com a baixíssima idade gestacional a receber alta hospitalar na unidade. Bebês prematuros nascidos entre 22 e 23 semanas de gestação enfrentam dificuldades significativas devido aos limites de viabilidade. No Brasil, a taxa de sobrevivência para quem nasce antes das 25 semanas é de aproximadamente 50%, taxa que diminui quanto menor for a idade gestacional.

“É uma situação incomum. No caso do Noah, a evolução dele foi um dia após o outro”, comenta Gean Carlo da Rocha, chefe do Serviço de Neonatologia. “Para toda a equipe multidisciplinar que participou dos cuidados, foi um grande desafio e um aprendizado constante. Agora, com esse desfecho favorável, além de tudo isso, sentimos orgulho por termos conseguido entregar à família o Noah em uma condição de saúde positiva”, comemora.

Noah nasceu com 23 semanas e pesando apenas 635 gramas (Foto: Leo Munhoz/SECOM)

A Maternidade Carmela Dutra é referência em Santa Catarina em gestação de alto risco e atende aproximadamente 300 recém-nascidos por ano na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

“A partir do momento em que entrei na UTI, fui muito acolhida. Foi um momento bastante vulnerável. Os profissionais foram essenciais, o que eles fazem pela saúde dos bebês é incrível”, conta Dheryolynny. A mãe teve inclusive apoio psicológico dentro da unidade. “A gente não perde o medo, mas aprende a enfrentar com mais serenidade”, acrescenta.

O tratamento do Noah contou com o e de uma equipe multidisciplinar e até mesmo a consultoria de especialistas de fora do país. “Trabalhar com um bebê prematuro assim exige cuidado, menos manipulação e mais atenção. Para isso, é preciso foco de toda a equipe, um trabalho em conjunto mesmo. Todos tivemos que aprender, pois se trata de um paciente diferenciado. Fizemos o possível para que tudo desse certo — e deu —, garantimos que ele saísse com o mínimo de sequelas e que pudéssemos entregá-lo à mãe”, afirma Susian Cássia Liz Luz, enfermeira chefe da UTI Neonatal.

Antes considerado com poucas chances de sobrevivência, o pequeno é símbolo de resiliência e superação. “Não posso deixar de dizer ‘muito obrigada’. Eles fizeram o trabalho deles, mas, para mim, salvaram o meu filho, era só o que eu pedia.  Para eles, é a profissão; para nós, é salvar vidas. O Noah mostrou que queria estar aqui, lutou desde que nasceu para ficar aqui”, completa Dheryolynny.




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