Cleilândia Rodrigues, de 33 anos, é moradora de Mondaí, no Oeste catarinense, e mãe de duas meninas, Ketlyn, de 7 anos, e a pequena Duda, de apenas 2 anos e 7 meses. 635b1t
Depois de uma experiência tranquila com a gestação da primeira filha, ela e a família tiveram uma surpresa durante a gravidez da segunda. Com 22 semanas, os pais receberam o diagnóstico de síndrome de Down.
“No início foi um baque, né? A gente nunca sabe como vai lidar, fica procurando algo que deveria fazer diferente, que talvez eles precisem, mas na verdade não tem nada que a gente possa fazer”, afirma Cleilândia em entrevista para a equipe do Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó.
Depois do abalo inicial, a mãe ou por três ameaças de aborto e, com 31 semanas, descobriu uma pedra na vesícula, que deixou ainda mais complicada a gestação, que já era de risco. A gravidez precisou ser interrompida e Duda teve que nascer dois meses antes do previsto, com 35 semanas, por causa da perda de líquido amniótico sofrida pela mãe.
Superando os desafios dos primeiros dois anos de vida da pequena, a família enfrenta agora mais uma fase difícil. “Ela sempre foi uma criança muito doente e nunca descobrimos o que ela tinha. Agora em janeiro, a gente descobriu que ela tem leucemia”, conta a mãe.
Com o diagnóstico, veio também o início do tratamento na Oncologia Pediátrica do HRO e novas complicações para a saúde da pequena.
“Ela ficou em estado bem grave, tanto que a gente ficou 15 dias na UTI, ela ficou no oxigênio. E quando ela começou a fazer quimio, teve bastante feridas na boca, ela não conseguia comer e chorava muito”, revela.
Todas as dificuldades enfrentadas não apagam a alegria da menina, muito ativa e sorridente. Além disso, não desanimam a família e a mãe Cleilândia, que aprendeu a transformar o medo em força e conta com o apoio da equipe do HRO para enfrentar o tratamento de Duda.
“Na primeira vez que viemos para cá, ficamos 48 dias, ela ficou internada direto e eu e meu marido intercalávamos. As meninas aqui são uns amores e fazem tudo o que ela quer. Às vezes quando eu estou cansada, elas pegam ela e levam para ear fora do quarto. Esse apoio que a gente ganha aqui é maravilhoso”, destaca.
Mesmo ainda sem saber quanto tempo o tratamento vai levar, a esperança é a principal “arma” de Cleilândia na batalha ao lado da filha.
“A gente tem que ser forte pra conseguir ser apoio para eles. Eu percebia que quando chorava, a Duda vinha e secava minhas lágrimas. O principal é ter muita força e coragem, vai ter momentos que tu vai ter muito medo também, mas tudo isso é pra se fortalecer. Cada um tem o seu trajeto aqui, cada um tem que ar pelo que tem que ar. Então sempre tem que ter muita fé e coragem, porque tudo vai dar certo, a gente vai vencer essa batalha”, reforça a mãe, emocionada.
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