Indústria da carne deve perder 260 milhões de dólares até o final de 2017 em SC 165f5r

Saldo negativo é estimado pelo Sindicarne como consequência da Operação Carne Fraca 5h586r

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

30/03/2017 17h05 1k1l6g



Com a suspensão dos embargos à carne brasileira imposta por mercados mundiais depois da deflagração da “Operação Carne Fraca” da Polícia Federal, as indústrias do setor desenvolvem intensos esforços para recuperar o terreno perdido. mw2b

Os prejuízos são imensos. A estimativa é que as cifras atinja até o fim do ano 1 bilhão de dólares na esfera nacional, dos quais, 260 milhões de dólares serão amargados pelas agroindústrias catarinenses, de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e diretor do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior.

Marcha de recuperação deve ser lenta até dezembro (Foto: Analice Paron/Agência O Globo)

O déficit refere-se à queda nas receitas totais das empresas com o mercado interno e o mercado mundial. O mercado doméstico é prioridade das indústrias, pois absorve 80% da produção de todas as carnes.

Do dia 17 (data da operação) até esta semana, os prejuízos parciais já são avaliados em 200 milhões de dólares no plano brasileiro e em 40 milhões de dólares em Santa Catarina.

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A queda nas exportações, que atingiu 99% nos primeiros dias, recuou para 19% nesta semana e deve entrar em lenta marcha de recuperação até dezembro. Mesmo assim, em razão do volume, as perdas no ano atingirão uma cifra bilionária.

China, Hong Kong, Egito, Chile e outros países retiraram as restrições, mas o mercado ainda não retornou à normalidade. “Uma coisa é o país suspender o embargo, outra é voltar a comprar”, assinala o dirigente do Sindicarne.

Redução das exportações

No primeiro semestre deste ano a redução das exportações será mais acentuada e o ano deverá encerar com queda de 10% em faturamento e 5% a 6% em volume. A cadeia da avicultura industrial catarinense responde por 26% da exportação brasileira.

José Antônio Ribas Júnior destacou a segurança da indústria de processamento de carne. Também enalteceu o papel do SIF (Serviço de Inspeção Federal) e destacou que as plantas habilitadas a exportar recebem a cada ano cerca de 200 inspeções técnicas de missões estrangeiras.

O presidente do Sindicarne ainda asseverou que Santa Catarina produz a melhor e a mais segura carne do planeta. As indústrias são as mais modernas e as condições sanitárias são as mais qualificadas. O estado ainda é livre de febre aftosa sem vacinação e de outras doenças. “Ninguém vende para 150 países se não tiver qualidade e segurança”, enfatizou. Ele também lembrou que das 21 plantas brasileiras indiciadas pela Polícia Federal, apenas seis estavam vendendo ao mercado externo.


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