Santa Catarina amplia em 35% as exportações de carne suína em 2020 5k6w1o

China responde por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína no ano anterior 3f212k

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

12/01/2021 08h20 k6d6w



China responde por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína em 2020 (Foto: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina segue ampliando mercados e consolidando sua presença internacional. Em 2020, o agronegócio catarinense teve um aumento de 35% no faturamento com os embarques do produto, chegando a US$ 1,2 bilhão. Esse é o melhor resultado da história. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). b625l

No último ano, Santa Catarina embarcou mais de 523,3 mil toneladas de carne suína com destino a 67 países. Principalmente China, Chile, Hong Kong e Japão. O estado respondeu por 52% do total exportado pelo Brasil, ou seja, mais da metade de toda a carne suína vendida pelo país é de origem catarinense.

O bom momento da suinocultura catarinense se deve, principalmente, a dois fatores: estado ser reconhecido pelo cuidado extremo com a saúde animal e a demanda crescente da China por proteína animal.

A China responde por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína em 2020. A venda do produto para os chineses trouxe um faturamento de US$ 740,2 milhões, 76% a mais do que no ano anterior.

A alta demanda chinesa é reflexo da peste suína africana, doença que dizimou boa parte dos plantéis e fez com que o país buscasse outros fornecedores. "Embora a China esteja recuperando rapidamente seus plantéis suínos, a expectativa é de que em 2021 ainda se registrem incrementos em termos de valor e quantidade exportados para aquele país", destaca o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl.



Bom momento para os suinocultores

A alta nas exportações impactou também a rentabilidade dos produtores de suínos em Santa Catarina. Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz De Lorenzi, o aumento nos embarques e a valorização do dólar fizeram com que indústrias, cooperativas e suinocultores saíssem ganhando.

"Foi um ano muito positivo e histórico para a suinocultura. Esperamos que em 2021 também tenhamos essa exportação sempre em alta para continuarmos com rentabilidade e investindo no bem estar animal e na sanidade dos nossos planteis", ressalta.

Aumento nas vendas para mercados

Com um status sanitário diferenciado e reconhecido internacionalmente, Santa Catarina ampliou a venda para mercados considerados : Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Esses países são conhecidos pela alta exigência e também pela compra de produtos mais nobres.

O Japão, por exemplo, ou a ser o quarto maior destino das exportações catarinenses, com US$ 43 milhões de faturamento - 108% a mais do que no ano anterior. As vendas para os Estados Unidos tiveram um aumento de 57% nas receitas.

Diferenciais da produção catarinense

Santa Catarina possui um status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.

O estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.


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