A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) divulgou, nesta quarta-feira, dia 15, os boletins com os dados das reclamações recebidas ao longo de 2022, junto aos órgãos de defesa do consumidor. As tabelas abaixo mostram as empresas com maior quantidade de solicitações. 1n5928
“A publicação destes dados é importante porque promove maior transparência nas relações entre consumidores e fornecedores, ampliando o controle social sobre a qualidade dessas informações”, destaca o secretário Wadih Damous sobre a importância da divulgação dos boletins.
Os setores de telecomunicações e serviços financeiros continuam liderando o ranking dos serviços com o maior número de reclamações no país. Oi, Claro e Vivo seguem na frente com maiores indíces.
Segundo o levantamento, os problemas relacionados a cobranças contestadas pelos consumidores permanecem com maior recorrência no setor.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, ofertas pouco claras e processos bastante simplificados de contratação têm propiciado adesões sem o mínimo conhecimento ou compreensão prévia por parte dos consumidores sobre as implicações e os custos envolvidos.
Por outro lado, as empresas de telefonia apresentaram os maiores índices de resolução dos casos perante os órgãos de defesa do consumidor.
Já no setor de serviços financeiros, as reclamações sobre cartões de crédito e débito alcançaram 37% dos registros na plataforma Consumidor.gov.br, em 2022. O principal problema relacionado ao assunto é a renegociação de dívidas.
Na sequência, destacam-se registros relacionados a crédito consignado, com 16,8% dos números. Os índices de resolução das demandas, pelas empresas do setor, também se mantiveram.
Outros segmentos
O número de reclamações sobre transporte aéreo voltou a crescer no último ano, em 18,3%. Entre os principais problemas destacam-se dificuldade ou atraso na devolução de valores pagos, cancelamento de voo e demanda não resolvida através do SAC. A média de problemas solucionados pelo segmento fechou em 75,3%.
O boletim também destaca que o tema “provedores de conteúdo e outros serviços de internet”, como redes sociais e sites de pesquisa, que aparecem pela primeira vez entre os assuntos mais reclamados no consumidor.gov.br. Os principais problemas desse segmento envolveram dificuldade para alterar serviços (44,8% dos registros), dificuldade de contato e demora no atendimento (8,4%) e vazamento de dados ou outros incidentes de segurança (15,3%).
O destaque positivo do segmento aparece, sobretudo, nos níveis de resolutividade apresentados: 82,9%.
“Vivemos um momento extremamente desafiador, para a proteção e defesa do consumidor – e, vale notar, não apenas no Brasil, mas em nível mundial. Uma economia ‘movida à base de dados’ aumenta a complexidade dos desafios à nossa frente, exigindo de nós, no trato com questões relacionadas à proteção e defesa do consumidor, um imenso esforço de atualização e adaptação”, define Wadih sobre os desafios do órgão para garantir os direitos do consumidor.
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