A Páscoa é um período de intensificação do movimento comercial, principalmente na busca por chocolates. Com o aumento na atividade comercial, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) realizou pesquisa de intenção de compras para o período em sete cidades, entre elas Chapecó, no Oeste catarinense. 1972t
O levantamento, que também ocorreu em Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, ville e Lages, realizou 2,1 mil entrevistas.
Conforme a pesquisa, o gasto médio previsto para o estado é de R$ 233, o maior valor da série histórica iniciada em 2018. Em termos nominais, houve crescimento de 2,1%, mas considerando os efeitos da inflação há queda real de 2,6% na intenção de compras.
Esse recuo, conforme o relatório da Fecomércio, já era esperado, pelo cenário de alta nos preços na economia e pela redução geral da intenção de consumo das famílias catarinenses nos últimos meses. Apesar disso, a maior parte dos consumidores (60,7%) acredita que a situação financeira está igual ou melhor.
Com isso, Chapecó teve o maior valor registrado na intenção de compras para a Páscoa entre as sete cidades pesquisadas. Demonstrando o mercado aquecido para a data entre os chapecoenses, o valor ou de R$ 261,07 em 2024 para R$ 296 neste ano, o que significa aumento de 13,4%, conforme dados divulgados pelo Sindicato do Comércio (Sicom).
Quanto ao tipo de produto, a pesquisa apontou que os consumidores devem gastar mais na compra de ovos de Páscoa tradicionais, com desembolso médio de R$ 265. Em seguida aparecem os ovos de Páscoa artesanais, com gasto médio de R$ 248. Além disso, chocolates artesanais em geral devem gerar a média de R$ 239 em compras, enquanto os consumidores devem gastar, em média, R$ 174 com chocolates tradicionais em geral.
Ações do comércio
Para o empresário, de acordo com o Sicom, é importante entender que tipo de ação o consumidor catarinense valoriza nesta data. Segundo o relatório da Fecomércio, existe grande variedade de fatores que influenciam a escolha do estabelecimento e do produto, com destaque para atributos de preço (54,3%), atendimento (19,2%), qualidade do produto (11,9%) e as promoções (11,8%), que juntas representam 95% das preferências dos consumidores.
Vendas nacionais
Em nível nacional, as vendas ligadas à Páscoa devem ter uma leve queda em 2025, segundo dados da Confederação do Comércio (CNC). A previsão é que o faturamento chegue a R$ 3,36 bilhões, um recuo de 1,4% em relação ao ano anterior, já descontando a inflação.
O principal fator por trás dessa retração está nos preços dos produtos mais procurados no período. O chocolate, por exemplo, registrou alta de quase 19%, o maior ajuste em mais de uma década. Outros itens comuns no período também ficaram mais caros, como o bacalhau e o azeite de oliva, que registram altas próximas de 10%. A cesta com oito itens relacionados à data, no geral, deve subir 7,4% nos preços em relação ao ano ado.