O modelo de escolas cívico-militares do governo federal começa a funcionar em Santa Catarina até o mês de abril. Unidades estaduais de Chapecó, Biguaçu e Palhoça, além de uma escola municipal de Itajaí, serão as primeiras a operar no modelo desenhado pelo Ministério da Educação (MEC) com a presença de militares estaduais e federais da reserva. Eles serão os responsáveis pela parte da disciplina e cidadania junto aos alunos. Nos últimos dias, os Estados receberam um manual de 326 páginas com regras específicas para os colégios, incluindo orientação sobre o uniforme e o corte de cabelo dos alunos, além do formato do trabalho dos militares e do acompanhamento dos pais. 681f3
A secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina ainda analisa o documento e pretende discutir o tema como as comunidades escolares envolvidas, segundo a Diretora de Ensino da pasta, Zaeda Petry. Para ela, o manual deve ser visto com "cautela". O documento foi obtido pelo portal Fiquem Sabendo, especializado em dados enviado pela Lei de o à Informação (LAI). O governo federal encaminhou uma cópia do documento para cada um dos responsáveis pelo programa nos Estados.
Segundo o manual, por exemplo, no caso dos meninos o cabelo deve ser cotado "de modo a manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço, de forma a facilitar a utilização da cobertura e harmonizar a apresentação pessoal". Quando uniformizado, o aluno precisa estar "bem barbeado", com cabelos e sobrancelhas na "tonalidade natural e sem adereços". No caso das meninas, também quando no uso do uniforme, "poderão usar apenas adereços (relógio, pulseiras, brincos) discretos".
Não é imposição, diz diretora
A diretora de Ensino, porém, não vê o manual como uma imposição e destaca que o modelo cívico-militar se diferencia do colégio militar, onde a istração e a parte pedagógica são de gestão da PM. No projeto que vem do governo federal, a gestão é compartilhada, mas com a parte estudantil sob a tutela das secretarias de Educação, tanto estadual como municipal. As regras no manual requerem cuidados, segundo Zaeda, porque não se pode interferir na vida de um aluno, por isso o assunto deve ser "conversado".
Os estudantes dos colégios cívico-militares vão usar uniformes específicos, diferenciados do restante da rede estadual e municipal. O governo federal criou um modelo específico, mas ele será adaptado por cada Estado conforme as tonalidades locais. Os alunos vão receber três jogos de cada um dos quatro tipos diferentes de uniforme. Segundo Zaeda, a comunidade escolar será ouvida para contribuir com a montagem das roupas. Isso deve ocorrer até abril, quando o modelo começa a funcionar na prática nas escolas.
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