Os agentes de mediação e mediadores do projeto “Ponte para o diálogo”, desenvolvido na Escola Básica Municipal Antônio Paglia, em Ponte Serrada, receberam a certificação da capacitação, na noite desta quinta-feira, dia 4. 426f38
O evento ocorreu na Associação Atlética Aimoré, e contou a participação das autoridades locais, comunidade, professores e familiares de alunos e profissionais da educação.
Durante o evento, foi apresentada uma mostra do que foram os dias do curso de mediação escolar, que durou 40 horas. Ao todo, participaram 18 crianças e adolescentes como mediadores, e 43 professores e demais profissionais da educação como agentes de mediação.
“O projeto surgiu para que a gente amenize e melhore a questão de conflitos e desentendimentos nas nossas escolas. Então, a Secretaria de Educação abraçou essa causa, porque o conflito não inicia na escola, ele inicia no entorno, nas famílias, e ele se acerta nas escolas e isso reflete negativamente”, comentou Nadia Poletto, secretária de Educação, Cultura, Esportes e Lazer, de Ponte Serrada.
Nadia ressalta que, nesta sexta-feira, dia 5, o projeto será alinhado para saber como será a prática na sala de aula, com acompanhamento da empresa responsável pelo curso, até o final deste ano.
“Esse é um projeto inovador, desafiador, que nos levou a repensar a nossa prática. Eu acho que, se esses 40 professores dentro de sua sala de aula, conseguirem mediar todo e qualquer tipo de desentendimento ou desarmonia que houver, os resultados serão maravilhosos em nosso município”, ressaltou a secretária.
O que é o projeto Ponte para o diálogo?
Esta é uma ação idealizada pelo Judiciário da comarca de Ponte Serrada, com apoio do Ministério Público e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. O projeto surgiu de uma demanda que chegou ao Judiciário na área específica da infância e adolescência.
A iniciativa pretende instituir um ambiente de mediação de conflitos nas escolas, com uma figura central fazendo a ponte para o diálogo entre as partes envolvidas, com o objetivo de entendimento e solução dos casos sem a necessidade de envolvimento de autoridades ou poderes constituídos.
Edna Cristina Fanfa Galvan, oficial de justiça da comarca, conta que os estudos para a implantação do projeto iniciaram em 2019, através do levantamento de dados sobre ocorrências de atos infracionais, com número elevado nos municípios da comarca de Ponte Serrada, que abrange também Vargeão e os Maia.
“Identificamos essa necessidade de se trabalhar um pouco mais com a infância e adolescência, eu já fazia algumas palestras nas escolas, uma conversa na verdade com os alunos, explicando sobre o Estatuto da Criança e Adolescente, levando a informação para a idade deles e também as responsabilidades, porque muito se fala dos direitos e pouco das responsabilidades que eles têm perante à sociedade”, comentou.
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