Nas Olimpíadas de Tóquio após conquistar a classificação por conta do ranking mundial e dona da quinta melhor marca da história da prova no país, Simone Ponte Ferraz terá adversárias de peso na semifinal dos 3.000 metros com obstáculos. A atleta natural de Ponte Serrada, que há anos mora em Jaraguá do Sul (SC), vai correr às 21h40 de sábado, dia 31, no horário de Brasília, manhã de domingo já no Japão. 3j406f
Ela enfrentará a favorita Beatrice Chepkoech, do Quênia. Dos 10 melhores tempos históricos da prova, cinco são da queniana. Ela foi campeã mundial em Doha (2019) com 8:57.84, o sexto melhor tempo da história e recorde do campeonato mundial. Foram apenas 13 os tempos abaixo dos 9 minutos na história da modalidade e Beatrice fez seis deles.
Outras quenianas também virão fortes: Hyvin Jepkemoi, prata no Rio (2016), campeã mundial em 2015 e melhor tempo de 2020, com 9:06.14; além de Norah Jeruto, campeã africana em 2016.
A principal adversária das quenianas é a americana Emma Coburn. Bronze no Rio (2016), ela foi campeã mundial em 2017 e prata em 2019 e é octacampeã americana na prova. Ela é a oitava melhor atleta da história na prova, com 9:02.35.
A alemã Gesa Felicitas Krause é outra que tem atrapalhado o domínio africano. Bronze nos mundiais de 2015 e 2019, Krause foi bicampeã europeia da prova em 2016 e 2018 e é a nona da história. Outros nomes fortes são Winfred Mutile, Peruth Chemutai, Mekides Abebe, Genevieve Lalonde, Luiza Gega e Anna Emilie Moeller.
“É uma alegria ter conquistado essa vaga, isso já representa uma vitória dentro de um esporte tão competitivo quanto é o atletismo. Sei que o nível da prova e as minhas concorrentes são fortíssimas, mas estou aqui para dar o meu melhor e fazer a minha melhor marca pessoal, entrando para a história do Brasil”, afirma Simone, que tem o tempo de 9:45:15 como a melhor marca da carreira.
■ VÍDEO: Conheça o início da carreira de Simone Ponte Ferraz
A atleta chegou ao Japão ainda no dia 17 de julho e ficou em um hotel em Saitama até segunda-feira. A cidade fica a 70 quilômetros de Tóquio, local da Vila Olímpica, para onde ela rumou por volta das 23 horas de segunda, no horário brasileiro, mas 11 horas da manhã de terça-feira no Japão.
3.000 metros com obstáculos
A prova com obstáculos feminina teve sua estreia nos Jogos de Pequim em 2008, 88 anos depois da estreia masculina. A russa Gulnara Samitova-Galkina foi a primeira campeã olímpica, vencendo na China com 8:58.81, tornando-se a primeira mulher a baixar da marca de 9 minutos.
“Serão 45 atletas divididos em três séries de 15 atletas por série, com classificação dos três primeiros de cada série e os seis melhores tempos, totalizando 15 atletas na final. O nível técnico da prova é altíssimo. O Kenya e os EUA são favoritos, porém, o meu objetivo é melhorar a minha marca pessoal. Se der final, eu ficarei muito satisfeita e feliz, porém, estar nos Jogos Olímpicos já me seleciona entre as melhores do mundo, o que é muito gratificante”, reforça Simone.
Principais resultados
Os principais resultados da carreira da atleta foram conquistados nas três últimas temporadas. Ela conseguiu duas medalhas em competições Sul-Americanas: prata em 2021 e bronze em 2019, além da prata no Sul-Americano de 2021, que também rendeu a sua melhor marca na carreira (9:45:15), Simone ainda garantiu a medalha de prata no Troféu Brasil e carimbou a vaga para os Jogos Olímpicos, o primeiro da carreira.
“Se tudo der certo e eu for abençoada com uma final olímpica, ficarei muito feliz, mas já estou muito realizada por participar de uma Olimpíada”, completa.
ageira de automóvel, jovem de 26 anos morre em acidente no Oeste
Ladrão é preso após “rancho” em estabelecimento comercial em Chapecó
Fim de semana começa instável, mas tempo abre a partir de domingo