Chapecó é alvo de operação contra manipulação de jogos do Brasileirão e estaduais 3i4z5s

Ação em 16 municípios de 6 estados investiga organização especializada na manipulação de resultados para apostas esportivas 3gso

Por Jhonatan Coppini 21u1q

18/04/2023 11h30 15m14



Uma operação contra uma organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol ― inclusive da Série A do Brasileirão ― foi deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 18. Batizada de Operação Penalidade Máxima II, a ação foi deflagrada em 16 municípios de 6 estados, incluindo Chapecó e Tubarão, em Santa Catarina. t483l

O trabalho é coordenado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Um jogador da Chapecoense está entre os investigados.

Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, além de 5 partidas de campeonatos estaduais, entre eles os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista deste ano.

Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.

As ordens judiciais são cumpridas em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Cumprimento de mandado em Goiás (Foto: Gaeco)

Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das Polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio à ação, que é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023, resultou na denúncia de organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

Ofertas a jogadores

Segundo as investigações, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil para que os atletas cometessem eventos determinados nos jogos.

A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.

“Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros”, diz um trecho de nota divulgada pelo Gaeco de Goiás.

Chapecoense divulga nota

Diante da investigação, a Chapecoense divulgou na manhã desta terça-feira uma nota oficial sobre o caso, reiterando o “posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos”. Leia na íntegra:

A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.

A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.

Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o e e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso.


COMENTÁRIOS 5z6l1x

Os comentários neste espaço são de inteira responsabilidade dos leitores e não representam a linha editorial do Oeste Mais. Opiniões impróprias ou ilegais poderão ser excluídas sem aviso prévio.