Jovem ponteserradense é convocada para seleção de futsal dos surdos 706r56

Kimberlyn Marafon vai representar o estado no campeonato e precisa de ajuda para se manter durante a competição. 1t3pu

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

24/04/2025 10h41 - Atualizado em 24/04/2025 10h43 1vg60



Kimberlyn é apaixonada pelo esperto deste pequena (Foto: Arquivo pessoal)

A jovem ponteserradense Kimberlyn Marafon, de 22 anos, foi convocada para integrar a Seleção de Futsal dos Surdos de Santa Catarina, que representará o estado no Campeonato Brasileiro. 1o6dd

O evento, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos para Surdos (CBDS), será realizado entre os dias 1º e 4 de maio, na cidade de Fortaleza, no Ceará.

Kimberlyn é vinculada à Associação de Surdos de Santa Catarina e agora se prepara para um dos maiores desafios na trajetória no esporte.

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"Meu sonho e objetivo é ter sucesso no futsal e, no futuro, ser convocada pela CBDS para jogar pela Seleção Brasileira de Surdos. Esse é o meu maior sonho! Estou focada e dedicada, pois o futsal é algo muito importante na minha vida. Quero ajudar a equipe feminina da FDSESC a conquistar esse título", disse Kimberlyn ao Oeste Mais.



Ajuda da comunidade

Mesmo estando diante de um sonho, a jovem precisa de apoio financeiro da comunidade para conseguir se manter durante a competição. As despesas individuais para a participação no campeonato — incluindo agem aérea, transporte, hospedagem, alimentação e taxas — somam mais de R$ 4,6 mil.

Por conta disso, a família está realizando uma campanha de arrecadação para cobrir os custos da viagem.

Qualquer valor pode ser doado como forma de apoio ao esporte e ao sonho de Kimberlyn, através da vakinha online criada. Até o momento, 12 pessoas fizeram doações, arrecadando um valor de R$ 3.645,12.

Jovem perdeu a audição durante tratamento da leucemia, quando contraiu meningite bacteriana (Foto: Arquivo pessoal)

Desafios

A jovem de Ponte Serrada sempre foi apaixonada pelo esporte desde criança. Porém, ela possui uma característica que outros não têm. Apesar de ter um talento grandioso, a menina ou por dificuldades ainda quando criança.

Aos oito meses, quando morava com os pais e os três irmãos em Curitiba (PR), Kimberlyn foi diagnosticada com leucemia, o que preocupou muito a família. O tratamento dela durou cerca de cinco anos, conforme a mãe Romacilda Marafon.

Foram cinco anos de muita luta, oração, e torcida para que ela vencesse a competição pela vida. Segundo a mãe da menina, durante o tratamento da leucemia, Kimberlyn contraiu meningite bacteriana, o que a fez perder a audição.

A luta pela vida ou a ser diária, onde a preocupação era cada vez maior. Mesmo não ouvindo, a menina lutou muito e venceu a doença.

O sonho de ser jogadora de futebol esteve sempre vivo dentro da jovem. Mesmo com os problemas que estava enfrentando, o pai dela – hoje falecido – a incentivou bastante, levando-a para jogos e aos campos para poder praticar o esporte.

Kimberlyn não fala e não ouve, e hoje em dia se comunica somente por livras, mas ainda se mantém de pé no esporte, que exige apenas habilidade com os pés, o que ela tem de sobra.


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