A jovem ponteserradense Kimberlyn Marafon, de 22 anos, foi convocada para integrar a Seleção de Futsal dos Surdos de Santa Catarina, que representará o estado no Campeonato Brasileiro. 1o6dd
O evento, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos para Surdos (CBDS), será realizado entre os dias 1º e 4 de maio, na cidade de Fortaleza, no Ceará.
Kimberlyn é vinculada à Associação de Surdos de Santa Catarina e agora se prepara para um dos maiores desafios na trajetória no esporte.
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"Meu sonho e objetivo é ter sucesso no futsal e, no futuro, ser convocada pela CBDS para jogar pela Seleção Brasileira de Surdos. Esse é o meu maior sonho! Estou focada e dedicada, pois o futsal é algo muito importante na minha vida. Quero ajudar a equipe feminina da FDSESC a conquistar esse título", disse Kimberlyn ao Oeste Mais.
Ajuda da comunidade
Mesmo estando diante de um sonho, a jovem precisa de apoio financeiro da comunidade para conseguir se manter durante a competição. As despesas individuais para a participação no campeonato — incluindo agem aérea, transporte, hospedagem, alimentação e taxas — somam mais de R$ 4,6 mil.
Por conta disso, a família está realizando uma campanha de arrecadação para cobrir os custos da viagem.
Qualquer valor pode ser doado como forma de apoio ao esporte e ao sonho de Kimberlyn, através da vakinha online criada. Até o momento, 12 pessoas fizeram doações, arrecadando um valor de R$ 3.645,12.
Desafios
A jovem de Ponte Serrada sempre foi apaixonada pelo esporte desde criança. Porém, ela possui uma característica que outros não têm. Apesar de ter um talento grandioso, a menina ou por dificuldades ainda quando criança.
Aos oito meses, quando morava com os pais e os três irmãos em Curitiba (PR), Kimberlyn foi diagnosticada com leucemia, o que preocupou muito a família. O tratamento dela durou cerca de cinco anos, conforme a mãe Romacilda Marafon.
Foram cinco anos de muita luta, oração, e torcida para que ela vencesse a competição pela vida. Segundo a mãe da menina, durante o tratamento da leucemia, Kimberlyn contraiu meningite bacteriana, o que a fez perder a audição.
A luta pela vida ou a ser diária, onde a preocupação era cada vez maior. Mesmo não ouvindo, a menina lutou muito e venceu a doença.
O sonho de ser jogadora de futebol esteve sempre vivo dentro da jovem. Mesmo com os problemas que estava enfrentando, o pai dela – hoje falecido – a incentivou bastante, levando-a para jogos e aos campos para poder praticar o esporte.
Kimberlyn não fala e não ouve, e hoje em dia se comunica somente por livras, mas ainda se mantém de pé no esporte, que exige apenas habilidade com os pés, o que ela tem de sobra.
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