A depressão e eu 2o358


Por Fernando Luiz Rosar fl4e

04/05/2017 10h00 211869



Pode não parecer, mas já estive na companhia desta danada. 64716t

Não a convidei, sequer a desejava. Permita-me falar um pouco sobre mim e saiba de antemão que este é um depoimento bem pessoal.

Lá pelos idos de 2006, quando meu pai adoeceu novamente, numa recidiva de câncer, a depressão apertou-me. A desgraçada fez isso bem perto da época do meu aniversário, nem pediu licença! Eu tinha duas atividades profissionais naquele período: uma, a minha “vida ada” como costumo chamar, voltada para a informática; e a outra, as atividades na área de terapia após o expediente comercial.

Do final de julho de 2006 até o último dia de junho de 2007, o pai foi fustigado pelos efeitos do câncer. Novamente, a quimio entrou na vida dele. Diferente da primeira vez, nesta ele foi piorando – com breves períodos de  melhoria.

Numa de nossas conversas, meu pai chegou a falar que em certos momentos ele tinha a sensação de que um navio estava partindo. Claro que os estragos que eu sentia não atingiam só a mim. Meus irmãos, cada um a seu modo, sentia os efeitos.

Peço, novamente, licença para falar de mim, de meu umbigo e da “danada” que insidiosamente me apertava mais e mais. Sabíamos todos que naquele fim de ano, até mesmo o aniversário dele de janeiro de 2007, era o último. Tudo que era apresentado, até mesmo chás indicados em consultas em centro espírita, era seguido, juntamente com a medicação alopática. E eu, lá estava acompanhando-o, em conjunto com a mãe naquelas andanças por Rancho Queimado

Hoje, recapitulando aquele período, percebo com clareza a queda de meu interesse pelo trabalho. Afastei-me por uns tempos dos atendimentos que realizava e, na profissão “oficial” na informática, eu ia me arrastando pouco a pouco.

Bravamente, o pai ia tirando força não sei de onde para encarar com hombridade o filho da puta do câncer. Em alguns momentos, ele esmorecia, pois a barra não era nada leve para ele. Eu conversava, fazia imposição de mãos, mentalizava, dava o carinho possível para ele e me descuidava. Não me importava. E a “danada” da depressão, já tinha praticamente me imobilizado.

O que me fortalece, é lembrar que na última noite de vida dele aqui neste mundão, ele guardou os últimos suspiros para me esperar – pois todos os outros manos já estavam lá, na casa dele. Eu morava e estava em Itapema. Uma mistura de luto, somada a depressão que já entrara mais fundo em mim, se instalaram. Por insistência de algumas pessoas, busquei apoio psiquiátrico e também, terapêutico. Em meu caso, a medicação foi por um tempo curto.

Fui reaprendendo a resgatar o bom humor, a ironia característica da nossa família e também deixar a tristeza profunda, em alguns momentos, tomar conta de mim. Foi foda. Foi muito foda, se queres saber!



Não, não foi fácil.

Sim, valeu e muito a experiência. Quando alguém fala sobre depressão, lembro das cicatrizes que ficaram em mim, porém numa ótica diferente: do Aprendizado, da Experiência que me ajuda a ajudar o próximo!

Aprendi também a perceber as pessoas ao redor, o quanto eu poderia permitir ser ajudado, deixando o a o a imobilidade lá no ado. E fui restabelecendo conexões, cuidando das caminhadas que sempre amei e nem sabia o quanto.

Atualmente, sinto com muito mais nitidez quando uma tristeza me rodeia e precisa de espaço para “falar”, e, em seguida, faço uma ponte com meus projetos, com as pessoas que amo e com aquilo que me alegra, me faz Feliz.

Enfim, cada pessoa que a um tempo na companhia “dela”, da depressão, quando devidamente apoiada e carinhosamente atendida, sai muito mais fortalecida.

Há quem diga que, no fundo do poço, pode-se avistar a Luz lá em cima.

Se você que lê este meu depoimento está na companhia “dela”,  te desejo uma boa subida para fora do poço. Saiba que depressão nem é frescura e menos ainda, loucura.

Fique bem!

Hipnoterapia

A Hipnose é um estado focado de atenção, normalmente relaxado, onde se reduz o excesso de pensamentos críticos, que favorece o aprendizado na escolha / ressignificação de hábitos e crenças em coisas mais saudáveis. É recomendado, inclusive, pela O.M.S. (Organização Mundial da Saúde) como excelente apoio terapêutico em diversos tratamentos clínicos.

Acupressão – são protocolos de digitopressão (toques com a ponta dos dedos) em pontos energéticos, com base no TAT (Tapas Acupressure Tecnhique) e quando associados à técnicas de Hipnose Clínica, possibilitam a recuperação mais rápida de traumas. Auxilia consideravelmente nos tratamentos de depressão, ansiedade, pânico, entre outros; restabelecendo  o processo natural de cura emocional.

O que a Hipnose Clinica / Acupressão pode fazer por você?

Auxilia na ressignificação de pensamentos / crenças não-saudáveis

Potencializa a recuperação em processos pré/pós cirúrgicos

Ajuda a obter o controle sobre as emoções

Sem efeitos colaterais, totalmente natural e sem dependência

E sob Hipnose, você NUNCA:

Nunca perderá o controle sobre si mesmo

Nunca fará nada que não queira fazer

Nunca falará o que não quer

Fernando Luiz Rosar 466o1e

Bacharel em istração, especialista em Parapsicologia e Psicologia Organizacional, Practitioner em PNL, Hipnoterapeuta, Acupressão. Agradam-me os temas voltados ao comportamento humano e as abordagens que promovam transformações na vida das pessoas. Afinal, #TransformarVidasPositivamente é mais que um slogan, é um propósito de vida.


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