Na indústria, há tempos descobriu-se o efeito da toxina botulínica como um quase milagre na ausência de rugas Se você caiu aqui nesta matéria para saber dos tratamentos estéticos à base de Botox, posso te encaminhar para bons profissionais. Agora, fique comigo que mostrarei um outro lado, uma relação que citei no título acima entre o Botox e a Pnl. 3x146h

Há um pressuposto na Pnl (Programação Neurolinguística) que diz que "mente e corpo fazem parte do mesmo sistema”. Se você fizer alguma modificação em um deles (mente ou corpo), modifica o outro. Em essência, se você pensa em situações potencialmente tristes de episódios que viveu e, dependendo do impacto que tiverem em sua vida, os pensamentos correlatos irão – se não houver nenhuma interrupção neste processo – gerar um sentimento e por conseguinte um comportamento.

Costuma-se dizer, em especial no meio Polístico (um euforismo acerca de quem estuda e pratica Pnl, aqueles que fazem uso das muitas técnicas, surgidas a partir da década de 60), as pessoas não TEM depressão, elas FAZEM depressão, com base numa estratégia aprendida na família de origem e/ou em outro meio onde a pessoa foi criada. Lembre-se disso: PENSAMENTOS ---> SENTIMENTO ---> COMPORTAMENTO.

Mas, e onde fica o tal do Botox?

No último especial Superinteressante (Dossiê Ansiedade), a matéria que trata da referida toxina botulínica, que vem sendo avaliada como um possível coadjuvante nos tratamentos de ansiedade e depressão, percebeu-se que as doses aplicadas em áreas próximas das sobrancelhas, paralisando os músculos responsáveis por dar aquela cara de preocupação, causaram redução na ansiedade.

Na prática, verificou-se uma maneira de burlar as informações enviadas ao cérebro. Ou seja, a partir do momento que o corpo, mais especificamente a musculatura da face não podendo mais enrugar-se ou expressar de maneira mais evidente  através das linhas faciais que corresponderiam à uma pessoa ansiosa, os sinais enviados de volta ao cérebro significavam essencialmente que não havia  com o que se preocupar com o “mundo externo”.

É bom frisar, fazer um parênteses,  que nossa Caixa Preta (que na aviação, não é preta, é laranja), fica, a priori, alojada em nosso crânio e que para conectar-se com o “Mundo Externo”, faz uso dos nossos 5 sentidos como uma via dupla que media esta interação, esta troca de informações.

Para complicar, nem sempre temos uma medida muito clara da real dimensão e importância de um acontecimento. Podemos supervalorizar um acidente de trânsito, uma discussão e, com isso, permanecermos ansiosos e estressados além de um tempo razoável. É aí que se cruzam as possibilidades levantadas em estudo por alguns profissionais que aplicam Botox com aquilo que já vem sendo feito – e observado – por profissionais que estudam e aplicam técnicas de Pnl: que o seu corpo, a sua postura, a manutenção de uma expressão de sorriso e calma por alguns minutos pode amenizar o impacto de uma situação estressante, dando uma informação inversa para seu cérebro que “Está tudo bem, que pode reduzir a produção de cortisol, o perigo foi embora”.

Simples, não? É claro que irá demandar um tempo, dias de prática para que situações que antes geravam ansiedade com facilidade, deixem de ter uma importância desproporcional. É adequado que realize pausas ao longo do dia, corrigindo a postura –  ficando com as costas e cabeça rentes à parede, soltando a musculatura do rosto (massageando-a se desejar), enquanto se lembra de algum evento agradável de sua vida, respirando pausada e profundamente por uns 3 minutos, praticando por pelo menos uns 21 dias 3 vezes ao dia. Ahhh, não há nenhum aspecto numerológico ou “mágico” no número 21, mas isto trataremos em outra postagem.

Enfim, para finalizar, há descobertas científicas que evidenciam cada vez mais este caminho cruzado entre nosso corpo e nossa mente e, independente de você fazer uso ou não do Botox , saiba que podes recuperar-se mais rapidamente do que imaginavas. E, se ainda assim por quaisquer outros fatores estiveres com dificuldades para lidar com a ansiedade ou depressão, procure ajuda profissional.