Um cachorro de porte pequeno, provavelmente de rua, ou horas agonizando em Xanxerê nesta quarta-feira, dia 20. Ele já estava com as vísceras à mostra e sem esboçar forças quando foi encontrado. 1q3t1v
Logo nas primeiras horas do dia, uma moradora ouviu latidos e encontrou o animal deitado na grama, próximo a umas pedras, em frente à escola do Bairro Nossa Senhora de Lourdes.
Segundo os moradores, todos ficaram sensibilizados com a situação e decidiram ligar para os órgãos competentes em busca de ajuda, mas sem sucesso. Se não fosse uma ação dos próprios moradores, possivelmente o cão morreria no local.
“Nós ligamos para os bombeiros e eles dizem para ligar para a Vigilância Sanitária e eles dizem que só é responsável depois que o cachorro morre. Eu já não sei mais o que fazer. Ligamos para a ONG e ela me disse que cada um é responsável pelo seu cachorro. Eu não tenho condições de pagar uma veterinária, aposto se fosse com gente, não iriam gostar de ficar assim com as tripas para fora”, comenta Eduarda Killian, moradora que escutou o cachorro latir.
Ela conta que ainda durante a madrugada escutou o cachorro sofrer, mas como ainda estava escuro, não pode localizar o animal.
Outro morador, Adenilso Pasqualli, indignado com a cena e por ninguém poder ajudar, ligou para uma clínica particular, de sua sobrinha, para levar o cachorro. “Eles falam tanto em proteção aos animais, o cachorrinho estava com todas as tripas para fora, ligamos para o Corpo de Bombeiros, foi ligado para a Polícia Militar, ONG, para clínicas veterinárias, Prefeitura, Vigilância Sanitária, Unoesc e ninguém fez nada. Como ninguém fez nada, eu liguei para uma clínica e a proprietária pediu para levar o animal lá. Por que quando a gente precisa eles não fazem alguma coisa? Isso é um descaso total”, desabafou.
O animal foi levado pelos próprios moradores até a clínica para receber os primeiros atendimentos. De acordo com a veterinária, o cachorro chegou bastante debilitado.
Ele ou por uma cirurgia, com duração de três horas. De acordo com a veterinária, durante o processo, o animal reagia bem. Ela explica que a coloração das vísceras expostas estava azul, quando deveria estar rosa, por conta do tempo que ele ficou sem atendimento.
“A gente espera que não apodreça e não de infecção generalizada. Ele pode ter sofrido uma paulada ou ferimento com arame, porque o buraco de onde as vísceras saíram era menor que uma moeda de um real. Tinha areia, formiga, grama dentro da barriga dele. Fizemos toda a limpeza, agora ele está acordando, já está aquecido e usando fralda, soro e antibiótico”, disse a veterinária, que preferiu não se identificar.
O cão aparenta ter no máximo dois anos de idade. O grupo Bem Estar Animal se responsabilizará pela adoção após o período de recuperação.
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