Morador de Joaçaba pedala mais de 15,6 mil km em aventura ciclística 5d4j21

Após 118 dias na estrada e sobre uma biciclequeta, homem de 59 anos volta para casa 3t272p

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

18/06/2013 13h18 2ld70





Após 118 dias, o professor de história e sargento do Corpo de Bombeiros aposentado, Silvio Duarte, de 59 anos está de volta a Joaçaba e com muitas histórias. A aventura - em dar a volta na América do Sul - que começou no dia 9 de fevereiro deste ano, saindo de Navegantes, em Santa Catarina, acabou sem a conclusão da viagem, já que no dia 6 de junho o ciclista foi acometido de forte cólica renal. Silvio teve a companhia do irmão, Nelson Duarte, que desistiu da aventura ainda no 62º dia de pedalada. Eles aram pelo Chuai no Rio Grande do Sul, na Argentina, subiram pelo Chile ando pela gelada Cordilheira dos Andes, além de arem pela Bolívia, Perú, Colômbia, Venezuela. E chegaram a terras brasileiras por Roraima no dia 26 de maio. Manaus, Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte aonde terminou a aventura. Silvio chegou a Natal aonde teve atendimento e teve que desistir da pedalada. 49245n


“Não tinha como continuar, acabei buscando atendimento e não tive condições de continuar pedalando. Adiei ainda em 10 dias a viagem, porque queria terminar o projeto, mas as dores e a febre não deixaram”, conta o aventureiro. Faltaria ainda cerca de um mês para Silvio finalizar a volta a América do Sul, o que renderia cerca de 1 mil quilômetros. “Me esforcei muito para finalizar o projeto, aguentei o sol forte do nordeste, e percorri cerca de 800 quilômetros até buscar atendimento em um hospital em Natal. Silvio chegou a pedalar uma média de 130 quilômetros por dia. E somados os quilômetros percorridos durante os quatro meses, o ciclista pedalou mais de 15600 quilômetros. “Tinha a expectativa de finalizar o projeto em oito meses, concluindo o percurso total, por toda a América do Sul que chega a quase 20 mil quilômetros. Mas com a média percorrida por dia, a aventura estava adiantada”, brinca o ciclista que enfrentou as adversidades climáticas do deserto de Atacama no Chile, Cordilheira dos Andes e o perigo da Estrada da Morte na Bolívia. O ciclista contou cada dia de aventura no blog alimentado diariamente: pedalandonaamericadosul.blogspot.com.br . E que teve mais de 14 mil os, de diversos países, entre eles: Rússia, Ucrânia, Alemanha, Estados Unidos, Portugal e até da China. Além de trazer lembranças, Silvio destaca que aprendeu muito com a aventura. “Conforme nosso mapa, estamos literalmente de costas para a cultura dos países vizinhos, mas olhamos sempre para a Europa e Estados Unidos. Encontrei muita pobreza no Peru, visitei sítios arqueológicos e subi quatro vezes a Cordilheira dos Andes, uma no Chile, outra no Peru, Bolívia e Colômbia”. “A corrupção nesses países é latente, e inicia desde o motorista de ônibus, atendente no hotel e chegando aos políticos. A violência não é aparente, mas está presente na tensão e na quantidade de grades nas casas e comércios”, lembra. “Do Chile ao Equador cortado pelo Deserto do Atacama, cerca de 1200 quilômetros, se concentra a pobreza, ali vi famílias pobres vivendo em casas construídas com barro e plantas, ao lado de um imponente campo de golfe. Um contraste muito forte de famílias que am sede, e o gramado das famílias ricas sendo irrigado diariamente. Vi coisas piores que na viagem que fiz a Índia no ano ado”. Silvio conta que a conservação das tradições dos povos foi o que mais lhe marcou na agem pela Venezuela. O ciclista disse que teve que mascar folhas de coca, para enfrentar a altitude. Mastigar a folha de coca é uma prática comum entre os indígenas andinos. “A altitude causa diversos efeitos, como dor de cabeça e no corpo, além de dificuldade para respirar e a coca alivia esse mal estar”.


Na bagagem apenas saco de dormir, uma barraca como casa, cozinha adaptada e a bicicleta como veículo. O ciclista conta que levou na bagagem cerca de 20 kg de roupas e utensílios. Eram apenas duas roupas apropriadas para pedalar, cueca, bermuda e duas camisetas. “Ia comprando roupas para o frio no trajeto e doava aos nativos ao fim do uso”, disse. Silvio relembra os bons e maus momentos da aventura. “O pior momento foi quando sofreu uma queda no Chile na RUTA, descendo o desfiladeiro pra chegar a Colchane com altitude de 4.380 metros. Pedalar a essa altitude não é fácil, uma missão quase impossível, as costelas espetavam a todo instante, além da dor o mal estar, mas superei”, conta. “O melhor momento, segundo ele foi provar os sabores das comidas da Venezuela e estar na Cordilheira dos Andes, acho que chorei por uns 30 minutos, quando cheguei e vi a paisagem”. Silvio diz que fará questão de contar tudo em um livro que escreverá sobre a aventura e em palestra nas escolas. Mas as aventuras não param por ai, nem bem chegou a Joaçaba, o ciclista já planeja outra pedalada, dessa vez o projeto é dar a volta na África, e que levará cerca de um ano. Sílvio tem gosto pelas aventuras, já pedalou na Índia durante 101 dias, percorreu 10.760 quilômetros, totalizando 622 horas.


Diário do Vale / Paula Patussi 3c4x4j


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