Oito de cada dez municípios de SC estão endividados, diz TCE 4z6j4d

Se fossem somadas todas prefeituras, déficit total aria de R$ 1 bilhão 95b6j

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

15/12/2014 13h19 4f1s5l

A maior parte das cidades catarinenses está no vermelho. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina mostra que de cada dez municípios, pelo menos oito estão com dívidas. O município que mais deve, conforme o TCE, é Itajaí, no Vale, que é a mais rico, após ar ville na arrecadação. 6d3b6k

Segundo o relatório, se fossem somadas todas as prefeituras, o déficit total no estado aria de R$ 1 bilhão. O Tribunal de Contas do Estado chama a situação de déficit orçamentário, que ocorre quando o total de despesas é maior que os recursos que a prefeitura tem no caixa. De acordo com o relatório, Itajaí é o município com o maior déficit: 33%. Na sequência dos mais endividados estão Blumenau, Lages, Chapecó e Balneário Camboriú.

“É um problema de arrecadação? Sim! Mas também é um problema de gestão na medida em que as prefeituras não conseguem... não querem, ou não conseguem reduzir os seus gastos ao longo do período”, afirma Arlindo Carvalho Rocha, professor de Economia.

“Nós vamos ter dificuldades de fechar as contas. Haverá prefeitos que terão essa dificuldade, vão ficar devendo, e talvez alguns até nem consigam fazer décimo terceiro, talvez alguns não consigam fazer folha de pagamento”, alerta Hugo Lembeck, presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam).

O secretário da Fazenda de Itajaí, Marcos de Andrade, nega que a prefeitura esteja endividada e contesta as informações do TCE. Segundo ele, o relatório não levou em conta o balanço total de patrimônio do município. “A prefeitura vai fechar equilibrada. O que ela arrecadou, ela gastou. Ela não gastou mais do que arrecadou”, diz o secretário.

Justificativas

A prefeitura de Florianópolis deve fechar o ano com um déficit orçamentário de R$ 7 milhões. Além da queda na arrecadação, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da capital, Edson Caporal, diz que a culpa é da União que transferiu obrigações para os municípios, mas ainda centraliza grande parte dos recursos. “O governo hoje detém 70% praticamente das receitas nacionais e transfere para os municípios obrigações na área da saúde, na área da educação habitação, assistência social, sem ter a contrapartida de receitas”, afirma Caporal.

Mesmo com a crise, o presidente da Fecam está confiante. “Falta computar ainda setembro, outubro, novembro e dezembro. Tenho certeza que, quando os recursos entrarem, essa situação não vai ficar nesse patamar, não vai ficar nesse índice. Nós vamos com certeza, quem sabe até inverter esses índices. Nós temos 85% hoje que trabalham no vermelho, quem sabe até o fim do ano 85% fecharão as contas no positivo”, alega Lembeck.

G1 / SC 364on

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