A ponteserradense Pricila Tobias teve a pesquisa feita no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de psicologia transformado em livro ao abordar o luto de torcedores da Chapecoense diante da tragédia aérea do final de 2016. A obra foi publicada pela editora alemã Novas Edições Acadêmicas. 5i93f
Sob o título “Luto coletivo: quando uma torcida perde seus heróis”, o livro está disponível na versão português nos sites Amazon e Ebay. Ele também será publicado em espanhol e inglês. A pesquisa foi desenvolvida com a orientação da professora Jorgiana Baú Mena Barreto.
“O sentimento de um torcedor pelo seu time é intenso, forte, indescritível. Pensar na possibilidade de um acidente aéreo envolvendo um time inteiro, com sua delegação oficial, infelizmente significa o enfrentamento de uma realidade dolorosa e geradora de sofrimentos, principalmente quando ocorrem mortes coletivas. Em fatalidades desta proporção, brotam sentimentos de extrema dor, choque, desespero, sensação de desamparo e medo”, diz a autora.
Segundo Pricila, é crescente a atenção às consequências na saúde mental de pessoas que am por esse tipo de evento. “Muitos campos da ciência, principalmente a área de psicologia das emergências e desastres, estão pesquisando os impactos psicológicos decorrentes de desastres, tanto em sobreviventes quanto em familiares de vítimas e comunidade afetada, com o intuito de compreender como essas pessoas experimentam as emoções de dor diante da perda e do luto”.
A psicóloga ainda aponta que o luto se manifesta com particularidades individuais, mas ganha proporção coletiva em casos de desastres. “Onde envolve um grande número de feridos, mortes em massa, a multiplicidade das perdas, a ruptura das famílias e dos sistemas sociais, nos chama atenção o luto coletivo. O luto nessas condições é permeado por sentimentos de raiva, desespero, inconformismo, tristeza e choque vivido coletivamente”, completa.
No dia 28 de novembro de 2016, o mundo presenciou o maior desastre aéreo da história do futebol brasileiro. O avião que transportava o time da Chapecoense caiu durante a madrugada na Colômbia, para onde a equipe viajava para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín.
Setenta e sete pessoas estavam a bordo, entre jogadores, jornalistas e tripulantes. Foram 71 mortes e apenas seis sobreviventes. “Um dia que parecia não ter fim, em meio ao caos prevalecia o desespero, a dor, o trauma e medo. Ninguém permanece o mesmo após um desastre, o impacto é coletivo e inegável”, conclui a psicóloga.
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