A música está ligada a diferentes momentos de nossa vida, mesmo que nem sempre nos damos conta disso. É mais fácil perceber a falta de sons prazerosos quando se está em um leito de hospital, especialmente em locais com o de tecnologias de entretenimento, como nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 39283n
Não ter disponível a música que gosta, o rádio que costumava ouvir, o smartphone e até mesmo a televisão, pode fazer diferença na qualidade de vida do paciente. Foi pensando nesse aspecto que o Grupo de Humanização do Hospital Regional São Paulo (HRSP) idealizou o projeto “Embalando Vidas”, uma iniciativa que leva sessões de música aos pacientes da UTI Geral.
Por meio do projeto, os pacientes internados na UTI, que autorizam e querem ouvir suas músicas de preferência, usufruem das sessões de música. O tempo da sessão e quantidade de vezes vai depender do que a psicóloga e o paciente definirem como rotina no período em que ele permanece na UTI.
Aparelhos MP3 e fones de ouvido são usados para as sessões, que disponibilizam as músicas de maneira personalizada, conforme o gosto de cada pessoa que vai participar da ação. Para isso, o serviço de psicologia realiza uma conversa prévia com os pacientes que podem ser atendidos pelo projeto.
O principal objetivo é oferecer aos pacientes e, também à equipe de profissionais que trabalha na UTI, uma atividade que auxilia na manutenção da saúde mental e manejo do estresse. Além disso, durante a sessão de música, o paciente se desliga dos sons típicos do ambiente onde está internado.
“Há uma preocupação bem específica em atender os pacientes da UTI, porque sabemos que para eles e, também, para a família é um momento de muita dificuldade, um momento de apreensão. Por conta disso, às vezes se perde a conexão com o lado de fora e a música ajuda, pois é algo tão trivial na rotina que as pessoas não conseguem mais perceber o que é viver sem a música”, comenta a psicóloga clínica Eliandra Solivo.
O médico intensivista Jener Bueno, responsável pela UTI do HRSP, explica que essa é uma intervenção não farmacológica, a exemplo de outros projetos promovidos dentro do hospital, que atua juntamente com o uso de medicamentos para a recuperação do paciente.
Segundo ele, as sensações trazidas pela música auxiliam para reduzir o estresse. “Temos várias linhas de ação dentro das intervenções não farmacológicas, uma delas é a intervenção através de sessões musicais, que são realizadas, por hora, em pacientes despertos, lúcidos e orientados. Isso é extremamente importante, torna a experiência mais agradável, o paciente ouve um estilo musical que ele gosta e que traz prazer para ele. Faz uma ligação com vivências anteriores”, explica o médico.
Não há um tempo estipulado para que paciente participe da atividade, podendo ouvir a música enquanto se sentir confortável para isso. Após as sessões, os aparelhos e fones de ouvido am por um processo de higienização, com produtos específicos, para que o paciente possa utilizá-lo novamente ou para que outra pessoa possa fazer a sessão sem o perigo de qualquer contaminação. As sessões de música acontecem todos os dias em horários diferentes, sempre respeitando o tempo, espaço e estado de saúde dos pacientes.
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