A Justiça de Santa Catarina autorizou nesta quarta-feira, dia 13, o pagamento dos credores do Frigorífico Chapecó, um dos maiores do país. A próxima fase é a apresentação de uma proposta de rateio para os pagamentos. 713748
Além do acerto, se determinou a provisão de valores, o que garante outras obrigações. A ordem de prioridade determinada pela legislação de falência estabelece o pagamento de trabalhadores, impostos estaduais e federais, bancos e demais fornecedores.
O processo do pedido de falência da Chapecó Alimentos tramita há 18 anos. Na época, anterior à legislação que permite recuperação judicial, o grupo argumentou que tinha dívidas com quatro mil empregados, 1,3 mil pequenos e médios credores, além de 22 instituições financeiras. A empresa ficou no mercado por 51 anos, com 30 mil pontos de venda em todo o território nacional, e chegou a exportar seus produtos para 37 países.
A organização foi abalada pela crise de 1998, quando ou ao controle acionário da Alimbras S/A, empresa integrante do grupo econômico Macri, de origem argentina. Com nova recessão iniciada em 2001, o preço do frango e do suíno despencou vertiginosamente e os insumos, principalmente o milho e a soja, tiveram seus preços dolarizados.
A crise econômica na Argentina castigou fortemente o Grupo Macri em seu país, com reflexos em suas empresas no Brasil, que tiveram créditos cortados diante do temor de bancos e fornecedores.
Em 2003, houve proposta de aquisição pela Coinbra, sociedade integrante do grupo francês Dreyfuss. As negociações avançaram em 90%, mas os compradores desistiram do processo sem apresentar quaisquer razões. No ano seguinte, teve início o processo de autofalência.
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