Homem que matou ex com 16 facadas em Chapecó é condenado a mais de 21 anos de prisão 62191x

Crime foi cometido pelo inconformismo do autor com o término do casamento, segundo o MPSC. 6l694u

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

12/08/2024 15h35 - Atualizado em 12/08/2024 15h43 25703v



O ex-marido de Monica Uhlmann Gosch foi condenado a mais de 21 anos de prisão em júri popular pelo assassinato da mulher, de 45 anos, no início de novembro do ano ado, em Chapecó. Os jurados acolheram todas as teses do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), condenando o réu por homicídio triplamente qualificado ― motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O julgamento ocorreu na última sexta-feira, dia 12. 6q5i4p

De acordo com a denúncia, no dia 3 de novembro de 2023, por volta das 13 horas, o réu seguiu a vítima de carro até o local de trabalho dela, no Centro do município. Ela estava de motocicleta e assim que ela estacionou, foi abordada pelo homem, tiveram uma breve conversa na calçada e foi esfaqueada pelo ex-companheiro.

Monica foi golpeada várias vezes com faca e não resistiu (Foto: Divulgação)

Conforme o MPSC, o crime foi cometido pelo inconformismo do homem com o término do casamento. Ele matou a vítima com 16 facadas, que atingiram o peito, o tórax e a mão esquerda da mulher, que sofreu ferimentos nos pulmões e no coração. Monica não resistiu e morreu ainda no local. Após o crime, o autor fugiu com o próprio veículo.

"Ele esperou o término das medidas protetivas e, ao perceber que ela não retomaria o relacionamento, num dia de semana, numa sexta-feira, uma hora da tarde, em plena luz do dia, em um local movimentado, a matou com 16 golpes de faca. A crueldade do réu, o que ele fez com ela em plena luz do dia, é desprezível", disse o promotor Alessandro Rodrigo Argenta.

Os filhos do casal e outros familiares acompanharam o julgamento. "Esperamos meses para que a justiça fosse feita. Ele sempre foi um homem muito abusivo. A minha irmã sofreu por 31 anos todos os abusos possíveis que uma mulher pode sofrer. Todos. Foi uma história muito triste. Quando ela conseguiu se libertar, ele simplesmente não aceitou que ele não tinha mais em cima de quem tripudiar", desabafou Marcia Uhlmann, irmã da vítima.

A sentença é ível de recurso, mas a Justiça negou ao homem o direito de recorrer em liberdade e ele seguirá preso.

Como denunciar

Se você está sofrendo violência doméstica ou conhece alguém que esteja, denuncie:

▪ Polícia Militar de Santa Catarina: ligue para o 190 (para situação de emergência);

▪ Polícia Civil de Santa Catarina: ligue para o 181 (aceita denúncia anônima), entre em contato com (48) 98844-0011 (WhatsApp/Telegram), e a Delegacia de Polícia Virtual da Mulher ou vá à delegacia mais próxima;

▪ Ministério Público de Santa Catarina: entre em contato com a Ouvidoria do MPSC ou vá à Promotoria de Justiça mais próxima;

▪ Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 (denúncias e informações sobre violência doméstica): funciona 24 horas, todos os dias e em todo o país, sem cobranças para ligações.


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