O homem que assassinou a advogada Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, e ocultou o corpo dela no estado do Paraná, vai enfrentar júri popular em Caçador, no Meio-Oeste catarinense. 372m2q
Na decisão, o juízo considerou haver indícios suficientes de autoria e materialidade para a pronúncia do réu. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver.
Com a pronúncia, será julgado pelo Tribunal do Júri, com data a ser definida pela Justiça.
Relembre o caso
Karize foi morta enforcada com uma corda dentro da própria casa, pelo companheiro, de 24 anos, entre os dias 28 e 29 de setembro. A motivação, segundo as investigações policiais, seria ciúme e suspeita de traição. Os dois estavam casados há pouco mais de um ano.
A vítima, que se recuperava de uma cirurgia e estava com a saúde debilitada, não teve condições de se defender.
Conforme a Polícia Civil, o autor confessou, através de uma ligação em grupo de WhatsApp para amigos, que havia cometido o crime. Ele também teria dito que havia matado um suposto amante da mulher, mas a polícia descartou a existência de uma segunda vítima.
Após o homicídio, o acusado ocultou o corpo da vítima em uma área de mata próxima ao município de Palmas, no Paraná. Os restos mortais foram encontrados em 8 de novembro, enrolados em um cobertor. O corpo foi localizado após a análise de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos com o acusado.
De acordo com os autos, ainda foram encontrados áudios e mensagens, além de imagens e registros de geolocalização que indicavam o trajeto feito em seguida ao homicídio. O homem foi preso em flagrante em Guaíra, também no Paraná, com diversos pertences da vítima, enquanto se deslocava para Mato Grosso do Sul.
Foram encontrados vestígios de sangue nele e também no veículo, além de uma faca suja de sangue. O comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, major Macedo, contou que, dentro do automóvel, foram encontrados livros com histórias de assassinatos e casos de esquartejamentos, mostrando que foi premeditado.
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