Conhecida como viúva negra, acusada de matar quatro maridos é presa em Caçador 7664

Mulher teria causado a morte até do pai do próprio filho para ficar com o seguro 364q4n

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

26/11/2014 09h41 3w5x3c





A Polícia Civil de Caçador prendeu na manhã de terça-feira, dia 25, Marli Aparecida Teles de Souza, de 46 anos, acusada de provocar a morte do ex-companheiro através de medicamentos de uso controlado. O filho dela e da vítima, Ulisses Antônio Souza de Oliveira, de 21 anos, também foi preso. Eles teriam premeditado o crime para receber um seguro de mais de R$ 1,2 milhão. 2s4d1n


Segundo o delegado regional Fabiano Locatelli, a investigação começou há cerca de quatro meses, após a morte de Rui Nadarci Dias de Oliveira, de 60 anos. Ele foi encontrado morto no dia 25 de junho dentro da própria caminhonete, uma F-250, após uma saída de pista na SC-350 entre Caçador e Taquara Verde.


“Em princípio, a morte do Rui nos pareceu de causas naturais, mas uma denúncia de que ele teria assinado uma apólice de seguro poucos dias antes causou estranheza. Essa apólice era em benefício do filho que ele teve com a Marli, porém não mantinha contato. Pedimos um segundo exame no Instituto de Análises Forenses de Florianópolis e constatamos a presença de substâncias que se ingeridas juntas podem causar a morte”, explicou o delegado.


Ainda de acordo com Locatelli, a polícia conseguiu provar que Rui esteve na casa da amante um dia antes, onde teria ingerido as substâncias provavelmente através de uma bebida. O acidente no dia seguinte foi forjado por Marli e pelo filho, pois segundo a investigação, Rui morreu na noite anterior, na casa de Marli.


Marli e Ulisses deverão responder por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, por meio cruel, além de fraude processual (forjar acidente), tentativa de estelionato contra o sistema financeiro e corrupção de menores (um adolescente de 15 anos ajudou a colocar o corpo no carro).


A polícia ainda investiga a morte de outros três maridos ou namorados de Marli em circunstâncias semelhantes. Num deles a viúva negra sacou em 2013 um seguro de R$ 195 mil. Marli e Ulisses foram ouvidos na presença do advogado, mas permaneceram calados.


Denúncia anônima dá início à investigação


O delegado Fabiano Locatelli relatou que as investigações sobre o caso iniciaram após uma denúncia anônima informando sobre dois seguros de vida que Rui teria assinado um mês antes de morrer. As duas apólices juntas somavam R$ 1.260.000 em nome do filho que Rui teve com Marli há 21 anos, Ulisses Antônio Souza de Oliveira.


A investigação prosseguiu com a quebra do sigilo bancário da vítima que confirmou a denúncia. Porém, a polícia achou estranho o seguro beneficiar Ulisses, pois Rui tinha pouco contato com ele.


“Rui reconheceu a paternidade de Ulisses há dez anos, mas mesmo assim não tinha contato com ele, ao contrário dos outros três filhos do primeiro casamento. No início deste ano houve uma aproximação de Ulisses com o pai, que acreditamos ter sido premeditada, já com a intenção de cometer o crime”, disse o delegado.


Ainda de acordo com ele, Ulisses e o pai teriam ido ao banco um financiamento estudantil, sendo documentos que eram na verdade a contratação dos seguros. “Na quebra do sigilo bancário percebemos que Rui não tinha condições de pagar a mensalidade, que era de R$ 2.300. No entanto, inclusive através do que temos conhecimento dos outros casos suspeitos, Marli se oferecia para pagar a parcela, ludibriando as vítimas”, detalhou.


Levomepromazina e clorfenamina


Essas foram as substâncias encontradas no organismo de Rui através do segundo exame feito pelo IAF e IML de Florianópolis. Segundo o delegado, o primeiro medicamento é um antipsicótico e sedativo. Se utilizados juntos, podem causar a morte. "Apesar do Rui ter problemas de pressão alta e diabetes, ele não fazia uso desses medicamentos. Acreditamos que foram colocados numa bebida servida à vítima. Esse é um ponto importante do conjunto de provas do inquérito", acrescentou Locatelli.


Marli já havia sido investigada em 2013


Marli já havia sido investigada pela polícia em 2013, quando retirou do banco um seguro no valor de R$ 195 mil, referente à morte de seu namorado de 32 anos. O corpo do homem chegou a ser exumado para novos exames, porém, como ele faleceu em 2012, não foi possível detectar a presença de alguma substância que pudesse ter causado o óbito. Nesse caso, a polícia não conseguiu provas concretas para condenar Marli.


Quatro companheiros mortos em 14 anos


A suspeita da polícia é que a viúva negra começou a atuar ainda em 2000, quando seu primeiro marido veio a óbito, um policial militar de Santa Cecília, com idade de 32 anos. Na ocasião, Marli ou a receber uma pensão mensal. O segundo marido tinha 38 anos quando morreu, em Caçador, e também há indícios que Marli entrou com pedido de pensão e retirada de seguro de vida.


“Nos últimos 14 anos, quatro companheiros dela morreram em circunstâncias semelhantes, por epilepsia e infarto do miocárdio. Teve ainda um quinto namorado, de 25 anos, que desconfiou da atitude dela e terminou o relacionamento. Ele é uma testemunha importante na elaboração do inquérito”, relatou o delegado Fabiano Locatelli.




Caçador Online 6q4d6


COMENTÁRIOS 5z6l1x

Os comentários neste espaço são de inteira responsabilidade dos leitores e não representam a linha editorial do Oeste Mais. Opiniões impróprias ou ilegais poderão ser excluídas sem aviso prévio.