O ex-padre Maximino Vicensi, de 43 anos, confessou nesta semana ter matado a mulher Terezinha Moraes Soave, de 62 anos, e jogado o corpo na Serra Dona Francisca em ville. Além de esperar amanhecer o dia para carregar o cadáver no veículo, ele percorreu cerca de 50 quilômetros com a esposa morta dentro do carro. 6nf6d
De acordo com reportagem exibida pela RBS TV, o ex-padre, que se ordenou em Ponte Serrada e tem vários familiares no município, justificou o crime dizendo que houve uma briga porque Terezinha lia livros que ele considerava em desacordo com a religião cristã. O delegado não pediu a prisão porque Maximino está cooperando com as investigações.
O crime ocorreu na residência do casal, no dia 27 em março, um domingo à noite, em Balneário Piçarras, Litoral Norte de Santa Catarina. O corpo foi encontrado dois dias depois. O ex-padre se apresentou à polícia na quarta-feira, dia 6. No depoimento, confessou que matou a companheira por asfixia.
Uma vizinha chegou a ouvir os gritos no dia do crime. Ainda no depoimento, Maximino disse que respondeu à moradora que a esposa tinha surtado, mas já estava tudo bem e iam dormir. Ele limpou o local e embrulhou o corpo da vítima em sacos plásticos. No dia seguinte, saiu para procurar um lugar para deixar o cadáver.
O corpo foi encontrado sem roupas no dia 29 de março, perto do mirante da Serra Dona Francisca. O ex-padre registrou no mesmo dia um boletim de ocorrência por abandono do lar. Segundo a polícia, para dar a entender que a mulher tinha ido embora.
Apresentação à polícia
O delegado Wilson Masson ainda não representou pela prisão por julgar que Maximino está colaborando com as investigações. “Ele se apresentou espontaneamente com seu advogado, confessou espontaneamente, relatou o ocorrido nos mínimos detalhes e se prontificou a participar de uma reconstituição, se for o caso, e de colaborar com todos os demais atos da investigação", disse.
A polícia ainda vai fazer a perícia no carro que teria sido usado no transporte do corpo e na casa apontada como local do crime. O inquérito deve levar 15 dias para ficar pronto. O ex-padre deverá responder por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. O advogado dele disse que o cliente agiu em legítima defesa em um momento de emoção, o que nos termos jurídicos significa que ele agiu sem premeditar o crime.
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