A mãe da menina de 11 anos encontrada morta com sinais de violência em Timbó, no Vale do Itajaí, confessou à Polícia Civil ter matado a filha. O crime ocorreu na quinta-feira, dia 14. A mulher e o padrasto foram presos temporariamente. 32273w
A menina foi identificada como Luna Nathielli Bonett Gonçalves. Ela deixa um irmão e mais quatro irmãs, segundo divulgado pela funerária responsável pelo velório.
A mulher teria confessado à polícia que matou a menor porque não aceitava que a menina tivesse se tornado “sexualmente ativa” e as agressões teriam sido uma forma de castigo. Em nota divulgada na manhã deste sábado, dia 16, a Polícia Civil informou que os suspeitos foram presos após prestarem um segundo depoimento sobre o caso.
O padrasto ficou em silêncio durante o depoimento. Ele chegou a ser apontado pela Polícia Militar como suspeito, mas teria negado a autoria do homicídio.
Eles foram chamados a depor após laudos médicos e técnicos apresentarem contradições entre a versão apresentada e o tipo de ferimentos encontrados na criança. O pedido de prisão temporária ocorreu enquanto o casal ainda estava na delegacia prestando depoimento.
Depoimento inicial
A primeira versão apresentada pelo casal foi de que a menina caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. A dupla informou que apesar da queda, Luna ficou consciente, jantou, tomou banho e foi dormir. À meia-noite, eles constataram que ela estava ando mal e chamaram os bombeiros.
Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de escada. Ela tinha ferimentos no rosto, lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na região íntima.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança e em um sofá.
Os bombeiros foram até a casa após o acionamento e encontraram a criança sem sinais vitais. Mesmo assim, ela foi encaminhada ao hospital. A médica de plantão verificou que além das lesões, a menina tinha um sangramento nas roupas íntimas.
A Polícia Militar foi chamada e encaminhou os responsáveis até a delegacia de Indaial ainda na madrugada. Na ocasião, eles foram ouvidos e liberados.
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