A Polícia Civil divulgou na última sexta-feira, dia 10, que concluiu o inquérito que apurava os fatos sobre a morte da menina Luna Nathielli Bonett, de 11 anos, em Timbó. 2w2w6n
De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Beckman, a polícia entende que as agressões foram cometidas pelo padrasto, que já possuía histórico de violência, e a mãe também se envolveu, ao não denunciar a situação.
A mãe e padrasto foram indiciados por estupro, tortura e feminicídio.
De acordo com a polícia, o padrasto foi o único homem que teve contato com a criança no mês de abril. A menina estava com machucados na região íntima, segundo a perícia.
As autoridades ainda aguardam um laudo do material colhido na menina e no homem, que deve comprovar se houve estupro.
Primeira versão
Inicialmente, a mãe afirmou à polícia que matou a filha durante um "ataque de raiva". A hipótese foi descartada pelo delegado, que afirma que a mulher não teria condições físicas de causar tantos machucados na menina.
O entendimento da polícia agora é que a mulher foi omissa, já que tinha total condição de fazer uma denúncia e não fez. Por isso, ela foi indiciada pelos mesmos crimes que o companheiro.
Na casa ainda moravam um bebê de nove meses e uma criança de seis anos, que tinha as mesmas marcas que Luna. A menina andava coberta, com roupas compridas, para esconder as agressões.
Crime
A polícia concluiu que o padrasto foi até a escola da menina por volta das 15h30 do dia 13 de abril, para tentar transferi-la para outra unidade e não conseguiu.
Ele voltou para casa frustrado e começou a agredir a menina com socos, chutes, cotoveladas e um objeto para domar cavalo, que deixou diversas marcas no corpo.
As agressões aconteceram até Luna ficar desacordada. O homem era professor de artes marciais e saiu para dar aula em seguida.
Quando voltou, continuou as agressões, que resultaram na morte da criança.
Por volta da meia-noite, no dia 14 de abril, o casal levou a menina ao hospital afirmando que ela havia caído de uma escada, mas Luna já estava sem vida.
O casal havia afirmado no início que a menina teria um namorado na escola, por isso eles queriam tirá-la de lá. Entretanto, de acordo com a investigaçãopolicial, os professores começaram a desconfiar da situação de violência que ela sofria em casa, o que motivou o pedido de transferência. Ela ficou todo o mês de abril sem ir as aulas.
A mãe e padrasto da criança estão em prisão preventiva, que não tem prazo para terminar. Com o inquérito concluído, o Ministério Público deve denunciar o caso à Justiça.
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