Prefeitos e ex-prefeitos do Oeste são presos na segunda fase da operação "Fundraising" 22a40

Investigação apura crimes como organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção, peculato e fraudes em licitações. 4j56p

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

19/06/2024 09h48 - Atualizado em 19/06/2024 11h13 c3p3d



Operação se concentra em 23 municípios de SC (Foto: Divulgação)

Ao menos sete prefeitos e ex-prefeitos de municípios de Santa Catarina são alvo da segunda fase da operação "Fundraising", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com o Grupo Especial Anticorrupção (Geac) na manhã desta quarta-feira, dia 19. Políticos do Oeste catarinense estão entre os envolvidos (veja abaixo). k3e1

A operação investiga crimes como organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção, peculato e fraudes em licitações. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, a ação busca desarticular uma organização criminosa capitaneada por um grupo empresarial, suspeita de praticar crimes contra a istração pública, recrutando agentes públicos para a prática.

Mandados de prisão preventiva cumpridos contra:

  • ▪ Fernando de Faveri Marcelino (MDB), prefeito de Cocal do Sul
  • ▪ Clori Peroza (PT), prefeita de Ipuaçu
  • ▪ Marcelo Baldissera (PL), prefeito de Ipira
  • ▪ Mário Afonso Woitexem (PSDB), prefeito de Pinhalzinho

Mandados de busca e apreensão cumpridos contra:

  • ▪ Emerson Ari Reichert (PT), ex-prefeito de Ipira e empresário
  • ▪ Edson Bez de Oliveira (MDB), ex-deputado federal e empresário
  • ▪ Mauro Francisco Risso (MDB), prefeito de Jardinópolis
Valores em envelopes foram apreendidos durante a operação (Foto: Divulgação)

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 5 de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão, expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A operação se concentra em 23 municípios catarinenses, em um município do Rio Grande do Sul e em Brasília (DF).

De acordo com a investigação, o grupo criminoso atuaria com a finalidade de direcionar processos licitatórios em diversos municípios catarinense. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e assessoramento para captação de recursos públicos, buscava firmar contratos públicos sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade, mas que serviria de subterfúgio para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, obtivessem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.

A operação envolve o Gaeco, Geac e conta ainda com o apoio técnico das Polícias Penal e Científica de Santa Catarina, da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, além da Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção, e do Gaeco e Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação - CI do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A investigação prossegue em segredo de justiça.

Várias forças policiais foram mobilizadas para segunda fase da operação Fundraising (Foto: Divulgação)

Fundraising 

O nome da operação é uma expressão em inglês que se refere a uma metodologia que visa desenvolver processos para facilitar a captação de recursos.

Relembre a primeira fase

Na primeira etapa, deflagrada em setembro do ano ado, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.

Gaeco e Geac 

O Gaeco é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. A finalidade é identificar e repreender organizações criminosas. O Geac é um grupo de membros do Ministério Público de Santa Catarina que atua em investigações e ações judiciais de combate à corrupção, cujos fatos revelem maior gravidade ou complexidade.


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