Polícia realiza operação de combate ao tráfico de drogas escondidas em alimentos congelados 1e3w6i

Empresa aproveitava logística para ocultar cocaína em meio a frango congelado, exportado a partir do porto de SC. 391p26

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

21/03/2025 08h48 5z1c1a



Drogas eram escondidas em meio a cargas de alimentos congelados (Fotos: Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quinta-feira, dia 20, a operação “Iceberg”, com o objetivo de desarticular um grupo de traficantes que utilizava a estrutura de empresas de logística para esconder cocaína em cargas de alimentos congelados, destinadas à exportação a partir de portos de Santa Catarina. 1q4g1a

Na ação, policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão, expedidos pela Justiça Federal em Itapoá, Garuva e Rio do Sul, no Norte e Vale do Itajaí em Santa Catarina, além de Curitiba e Paranaguá, no Paraná e Sorocaba e Quadra, no estado de São Paulo.

A Justiça também autorizou a apreensão de veículos, imóveis e o bloqueio de contas bancárias vinculadas a 17 pessoas físicas e jurídicas. Entre os investigados estão, além dos cooptadores, operadores financeiros e financiadores das atividades ilegais.

As investigações tiveram início a partir da apreensão de três cargas de cocaína nos países africanos da Líbia, Libéria e Serra Leoa, em dezembro de 2022. Em comum, o entorpecente estava escondido em meio a cargas de frango congelado exportadas a partir do porto de Itapoá, manipuladas por uma empresa de logística de alimentos situada em Santa Catarina. 

A PF identificou que um grupo de trabalhadores de empresa responsável pelo carregamento de contêineres, com o a informações sobre destino de cargas e dados de embarcações, aproveitava a logística para ocultar a droga. Esse grupo também cooptava funcionários de outras empresas de logística de alimentos congelados para viabilizar o tráfico a partir de outros portos, como o de Paranaguá, no Paraná.

O núcleo financeiro do grupo realizava os pagamentos dos envolvidos nos serviços ilícitos por meio de empresas de fachada. A movimentação bancária identificada, incluindo todos os grupos, entre 2022 e 2024, chegou a aproximadamente R$ 450 milhões.

Ainda de acordo com a PF, a atividade criminosa ocorria sem o conhecimento das empresas exportadoras e importadoras legítimas. As ações do grupo causaram prejuízos milionários, incluindo a interrupção de negócios com países africanos.

Além disso, dois representantes de uma empresa importadora da Líbia, sem saber que a carga estava contaminada, foram presos sob acusação de tráfico internacional, enfrentando o risco de prisão perpétua. Eles foram libertados após a Polícia Federal esclarecer os fatos à justiça estrangeira.






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