Eduardo Campos visita Chapecó e diz que veio para ouvir o Oeste catarinense 254n1b

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Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

23/04/2014 12h10 3s4n34



Eduardo Campos, pré-candidato à presidência da república, ou nesta terça-feira, dia 22, algumas horas em Chapecó. Em encontro com lideranças do agronegócio, empresários, filiados e simpatizantes, ele teceu duras críticas ao atual governo. 3s2pp


O site de notícias Rede Com SC, que pertence ao jornal Diário do Iguaçu, conversou com exclusividade com o pré-candidato. Leia a entrevista a seguir:


Ter sido ministro no governo do ex-presidente Lula, depõe contra o seu discurso de oposição, ou dá mais embasamento para contestar o atual governo?Eu acho que dá embasamento. O meu partido sempre militou neste campo político que ajudou a construir a democracia, quando nós conseguimos a transição do regime ditatorial para a abertura no Brasil. Depois nós ajudamos o então presidente Itamar Franco a consolidar a transição econômica, quando estabilizou a moeda e pôs fim a hiperinflação. Também auxiliamos o presidente Lula a chegar à presidência no segundo turno em 2002, quando o apoiamos. Participamos do governo dele, quando eu era deputado federal e fui chamado para a pasta da Ciência e Tecnologia, aonde tivemos um desempenho reconhecido pelo Brasil. Tivemos a lei da biossegurança, pesquisa com célula tronco, inovamos na gestão dos institutos de pesquisa, aumentamos os recursos para pesquisa e inovação no Brasil. Democratizamos as universidades de todo o país, aonde acumulamos experiência. Depois eu deixei o governo Federal, e fui candidato a governador em meu estado enfrentando o PT que teve candidato, o PFL da época que hoje é o DEM, e largamos lá atrás nas pesquisas e chegamos em primeiro lugar com 65% dos votos. Como foi a sua gestão em Pernambuco?Tive uma gestão reconhecida pelos meus conterrâneos, inovadora, pois levei muitas coisas novas na área da segurança pública que hoje é um caos em muitos lugares do Brasil. Também fizemos o Pacto pela Vida, uma política de segurança que fez com que o estado de Pernambuco durante sete anos seguidos, fosse o único a diminuir a criminalidade. Recife tinha chegado a ser a capital mais violenta do Brasil, após o nosso governo ou a ser a mais segura. Também fizemos muitas inovações na educação, por exemplo, temos a maior rede de ensino integral do ensino médio do que todo o país, com mais alunos do que em São Paulo e Rio de Janeiro, além do Ganho o Mundo, um programa que ensina língua estrangeira para os alunos e, os primeiros colocados da classe podem ar seis meses no exterior aprendendo uma nova língua e cultura. Fizemos que Pernambuco crescesse mais do que o Brasil, o melhor do Nordeste, e fomos convocados para sermos candidatos à presidente da República ao lado de Marina Silva que será a nossa candidata à vice, para representar uma opção, para o Brasil mudar. Pelo que a gente viu aqui, a atual presidente não seguiu as mudanças que o Brasil pede, pelo o contrário, pararam as mudanças. O Brasil ou a piorar e é necessário que tenha nesta eleição uma opção que a gente possa escolher, e que signifique a possibilidade de fazer uma mudança com segurança, para melhor, para quem conhece a governança, e principalmente a quem quer assumir um compromisso com você cidadão e cidadã brasileira que é o de mudar o que está em Brasília. Quero botar na oposição, botar para fora aquelas velhas raposas que estão lá usando e abusando, e tirando a possibilidade de nós termos um país melhor. Eu quero ao lado de Marina, ser a possibilidade de você ter em quem votar para o Brasil melhorar. O senhor fez parte do governo do PT, onde foi ministro. A partir de qual momento o senhor entendeu que deveria seguir um caminho diferente, de oposição?Todos os governos têm falhas, pois eles são feitos por gente, então tem falhas e defeitos, mas o Brasil vinha numa caminhada de melhora. Veio à democracia, o Itamar Franco que criou o plano Real e o Fernando Henrique que deu continuidade a esse programa econômico. Depois o Lula que fez o Brasil olhar para as desigualdades, crescemos mais rápido, o dobro em relação ao período do Fernando Henrique, mesmo com a crise. É claro que no governo dele tiveram problemas e defeitos, e quando ajudamos na eleição da presidente Dilma, pensávamos que ela iria corrigir os erros do governo Lula e aprimorar os acertos, foi essa a esperança, mas na verdade ela não soube melhorar o Brasil. A economia começou a patinar, nós estamos tendo o menor crescimento econômico da história, não vimos às obras terem velocidade e serem concluídas. Não vimos o que ela falava de uma faxina de melhorar a qualidade da gestão que seria aperfeiçoada, muito pelo contrário, ela aumentou o número de ministérios, e os distribuiu de uma forma a qual nós condenamos, sem nenhum critério ou discussão do programa de governo. Ali começamos a perceber no segundo ano de governo, que eles tinham um baixo cuidado em ouvir a sociedade e levar em consideração o que a população afirmava, e fomos perdendo o rumo do Brasil. Começamos a expressar isso internamente até que fizemos um movimento que é diferente, enquanto muitos querem ir para o governo, se aproximar para ganhar cargos e espaço, nós dissemos que não queríamos mais participar, e pedimos para ficarmos livres para sermos uma alternativa. A Marina por outro lado estava tentando construir uma alternativa de um lado, mas eles impediram a criação da Rede Sustentabilidade. Nos encontramos no dia 5 de outubro do ano ado, e construímos uma aliança da Marina Silva com o Eduardo Campos, PPS, Rede e PSB, e estamos andando o Brasil e ouvindo. Eu vim a Chapecó para ouvir o Oeste catarinense. Ouvi as cooperativas, os reclamos pelas ferrovias que não temos, pela duplicação da BR-282, pela questão da energia que hoje tem um fornecimento sofrível que impede a geração de emprego. Ouvi a questão da tributação sobre a necessidade de mudar, a juventude sobre a qualificação e empreendedorismo. Estamos levando vários documentos de reivindicações que serão considerados em nosso programa de governo. Fazemos isso através de um site, sendo que o Brasil tem o a essa plataforma na internet. Vamos realizar 14 seminários regionais em cada uma das microrregiões catarinenses, e construiremos um programa, uma nova opção, para que em outubro aconteça à mudança na vida dos brasileiros. Nas pesquisas, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem perdido pontos percentuais, mas que não tem migrado para o senhor e nem ao Aécio Neves (PSDB). Por outro lado, outra pesquisa aponta que apenas 17% dos brasileiros conhecem os três principais pré-candidatos que é Eduardo Campos, Dilma Rousseff e Aécio Neves, e que os senhores levariam vantagem em um eventual segundo turno. Como o senhor explica esses resultados?Eu sou conhecido em Pernambuco, um estado que tem 4% da população do Brasil. Quando eu falo para um programa de rádio como fiz aqui, para o jornal como o Diário do Iguaçu ou um blog, a sociedade percebe que tem uma nova alternativa, um nome novo, porém de uma pessoa que tem experiência, pois quem me conhece recomenda. Eu fui governador e depois reeleito com 82% dos votos em meu estado, a maior votação que um governador teve na reeleição. Sai do governo agora com 90% de aceitação, então as pessoas começam a me conhecer e hoje 25% da população me conhece. Eu tenho 14% na pesquisa do Datafolha e sai de 1% para 2%, depois 5% e fui a 10% chegando a 14%. Entre a população que conhece os pré-candidatos, eu estou na frente da presidente Dilma Rousseff, ela em segundo e Aécio em terceiro. Quando vamos ao segundo turno, eu coloco maior vantagem à frente dela, o que isso quer dizer? Na medida em que a campanha iniciar, e eu tiver a oportunidade de falar, estarei presente em todos os debates, e com pessoas nos acompanhando a exemplo de Marina Silva, Pedro Simon (PMDB), Jarbas Vasconcelos, artistas, empresários, trabalhadores, lideranças sindicais, estudantes que estão recomendando e que nos conhecem, os números na pesquisa vão crescer e vamos chegar em primeiro lugar no primeiro turno. Eu digo isso, pois 70% da população nas pesquisas dizem que querem mudar o governo que está ai. Eles só não sabem ainda o nome e o número da mudança, mas um nome estão vendo agora, eu Eduardo Campos, que está oferecendo ao país uma proposta para mudar para melhor, a quem está assumindo o compromisso de tirar aquela aliança que está em Brasília que já deu o que tinha que dar, e que abusa da paciência dos brasileiros, por isso que vou botá-los na oposição para começar um novo tempo de mudança, seriedade e compromisso na vida pública do Brasil. A sua provável vice Marina Silva, que tem posições muito claras sobre o meio ambiente, e que muitas vezes entrou em conflito com o agronegócio catarinense. Um exemplo é que ela foi contrária ao projeto do Código Ambiental catarinense. É possível um diálogo?Com muita tranquilidade eu falo, pois venho do meio rural. Eu me criei numa propriedade rural no interior de Pernambuco, aprendi a caminhar dentro de um aviário em Vitória de Santo Antão. Eu conheço a vida rural e tenho um excelente diálogo com as agroindústrias aqui, no Paraná e em todo o país. Todos sabem que o desenvolvimento do agronegócio brasileiro tem sido muito importante para sustentar o crescimento do Brasil. Se não fosse o recurso que vem da exportação do bovino, suíno e do frango, a soja e o milho que exportamos junto ao açúcar, café e laranja, dificilmente nós teríamos divisas para garantir o fechamento das contas do Brasil e a importação de produtos que precisamos comprar lá fora. Nós estamos dialogando eu e Marina com todo esse setor. E eles têm consciência que o mundo lá fora que compra a carne de frango produzida aqui em nossas cooperativas, quer saber se tem o respeito à questão ambiental, sem isso, não consegue vender para europeus, americanos ou asiáticos. Quanto a Marina, ela sofre um preconceito pelas suas posições por falta de conhecimento. É uma pessoa aberta, foi por anos ministra do Meio Ambiente, e temos dialogado com franqueza e fazendo uma aliança. Nós temos o PSB e ela cria a Rede, temos pontos em comum e posições diversas. Em nosso plano de governo, será um programa desenvolvido com diálogo junto a sociedade, não a minha vontade e nem da Marina. Vamos assumir o compromisso e cumpriremos, por exemplo, com as indústrias brasileiras, com os serviços, agricultura e vamos melhorar o setor. Um exemplo ao o ao modal das ferrovias é fundamental para melhorar a mobilidade, a redução da carga tributária, o o aos portos, simplificação das normas, redução da carga tributária sobre as cooperativas, essas questões estarão em nosso programa. Como o senhor avalia o encontro com os empresários de Chapecó e região?Eu tive uma boa reunião com os líderes das cooperativas, recebi um documento muito objetivo, e que vai ser muito importante para o fechamento de nosso programa quanto aos compromissos com Santa Catarina. Na sequencia eu tive um encontro na Acic, mas também estava a CDL, Federação, área da construção civil, e novamente recebemos uma série de pontos e colaboração com o nosso programa. O encontro foi objetivo e não longo, de quem sabe o que quer, e pontos simples de quem há muito tempo luta e não é ouvido por Brasília. O senhor notou o quanto é importante o setor produtivo de Santa Catarina?Muito importante, é impressionante a organização das pessoas aqui, e o que elas querem é condições para trabalhar, energia para emprego e ferrovia para transportar mais cargas. A questão indígena tem preocupado a nossa região, principalmente devido à atuação da FUNAI. O que o senhor pensa sobre as demarcações?Eu penso em cumprir a lei, e a nossa constituição é muito clara. Temos que garantir os direitos de nossos povos tradicionais, sim, mas também temos que garantir a segurança jurídica da pequena propriedade, da agricultura familiar, de quem te escritura e direitos que precisam ser respeitados. Só faz isso o governo que é aberto ao diálogo, um governo que não tem a prática do diálogo, submete a sociedade a uma insegurança. A Marina Silva sempre costuma dizer que é preciso separar o programático do pragmatismo. O senhor não acha que é preciso ter um governo programático, mas também pragmático em suas ações?Por isso que estamos começando com o programa, para depois de forma pragmática coloca-lo na vida das pessoas. Para fazer isso é preciso realizar um modelo de gestão inovador, como fizemos em Pernambuco, que criei um programa e depois o tirei do papel. Agora é preciso tirar aquele acordo que tem em Brasília. Enquanto tivermos 39 ministérios, pessoas sendo colocadas por indicação, gente incompetente que não respeita o dinheiro público, que não conhece o Brasil e não tem disposição ao trabalho, isso não vai acontecer. O nosso debate é programático por precisarmos ter o roteiro para o Brasil melhorar, e tem o pragmatismo de buscar gente séria e boa e competente que saiba fazer acontecer. Tem gente que sabe falar, escrever ou fazer, e eu graças a Deus tive na vida a oportunidade de aprender a transformar palavras em ações, e graças a Deus demonstrei que sei fazer, quando fui secretário de estado, ministro da ciência e tecnologia e o governador mais bem avaliado deste país e reeleito com a maior quantidade de votos. Eu espero e creio em Deus e tenho a confiança que o povo brasileiro me dará a oportunidade de mostrar que o Brasil pode ser muito melhor, e que podemos fazer muita coisa boa por este país. Qual é a sua opinião sobre o pacto federativo? Muitos municípios estão prestes a quebrar devido à má distribuição da arrecadação.O pacto é como distribuir o trabalho, responsabilidade e recursos entre os municípios, governo do Estado e União. O que aconteceu nos últimos anos, é que a União concentrou recursos e ou a responsabilidade aos municípios e Estado. A saúde pública se tornou uma responsabilidade dos municípios e os estados, mas é a União que fica com o dinheiro. Antes a União colocava R$ 75 a cada R$ 100 que a saúde pedia, hoje coloca R$ 45. Na educação coloca nas creches, ensino fundamental I e II, ensino médio e tecnológico, de todos os municípios e estados, R$ 10 bilhões, metade do que eles estão ando agora para as distribuidoras de energia. Segurança pública o governo faz de conta que não é com ele. No ano ado, somente R$ 300 milhões para todo o país no orçamento, então, nós temos que ver o pacto federativo, democratizar o o à receita e ter menos burocracia. Em Brasília têm 12 mil pessoas carimbando convênios, quando o prefeito e o governador vão atrás dos recursos, ou seja, toda essa gente em plena era digital para achar defeito e não rear os recursos. Um prefeito ou um governador precisa apresentar 30 documentos, quando ele encontra o último, o primeiro venceu. É um circulo vicioso que faz com que a população não veja as ações necessárias.

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