'Quero ser melhor do que eu fui', diz Lula em entrevista ao vivo no Jornal Nacional 1t686q

Ex-presidente respondeu às perguntas de William Bonner e Renata Vasconcellos na série de sabatinas 415t3d

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

25/08/2022 22h01 m4l2r



Lula concedeu entrevista aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos (Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira, dia 25, na série de sabatinas com os candidatos à Presidência da República, no Jornal Nacional, os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos entrevistaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante 40 minutos, ao vivo, na TV Globo. No final da conversa, o político teve um minuto para prestar suas considerações finais. 2k2e2v

Bonner iniciou a entrevista com o assunto corrupção, questionando Lula como o candidato irá convencer os eleitores de que escândalos de corrupção não acontecerão durante um possível mandato.

Lula falou sobre a criação do Portal da Transparência e outras medidas que foram realizadas durante o governo dele. “Se cometer erro, vai ser investigado. [...] O objetivo quando houve a lava-jato era condenar o Lula, foi diferente. [...] Nós vamos continuar criando mecanismos para combater qualquer tipo de corrupção que ocorra na máquina pública”, ressaltou Lula.

Renata comentou sobre quem tomaria a gestão da Procuradoria Geral da República (PGR) se Lula se eleger, mas o candidato preferiu “manter suspense” e não dizer quem colocará no lugar do atual procurador Augusto Aras. Lula disse apenas que antes de qualquer coisa, precisa ganhar as eleições.

“Pra mim o que precisa é dar segurança pro povo, que era o que eu fazia quando era presidente. Eu não quero amigo em nenhuma instituição, eu quero pessoas competentes. [...] Sabe o por quê eu tô querendo voltar? Porque eu quero ser melhor do que eu fui”, disse.

Economia

Ao falar sobre economia, Bonner citou a adoção de mudanças e novas políticas econômicas. Lula disse que há “três palavras mágicas para governar um país: credibilidade, previsibilidade e estabilidade”.

Questionado sobre qual regime econômico implantaria em um possível mandato, o candidato do PT falou sobre o governo de Dilma Rousseff. Lula itiu que Dilma cometeu equívocos com a gasolina, por exemplo, mas disse que ela sempre o ajudou e foi impedida de realizar outras mudanças.

“Quando você deixa o governo, quem ganha vai governar do jeito que bem entender. [...] Eu vou voltar pra mostrar que é possível fazer mais. Se tem uma coisa que eu sei fazer, é cuidar do povo”.

Política

Na continuação da entrevista, Renata questionou o ex-presidente sobre o orçamento secreto e como Lula negociaria sem moedas de troca. O candidato disse que não há moedas de troca e sim uma usurpação do poder.

“Acabou o presidencialismo. O Bolsonaro não manda nada! O Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. [...] O Bolsonaro parece um bobo da corte, ele não coordena o orçamento”, disse Lula, já exaltado sobre o assunto.

“Eu espero que a sociedade brasileira aprenda com as eleições uma lição muito grande: o Congresso Nacional é o resultado da sua consciência política no dia das eleições. Então quando você for votar, espero que você coloque esperança, otimismo e não coloque rancor na urna, porque não dá certo”, expôs Lula.

Bonner questionou sobre a aceitação do vice, Geraldo Alckmin, por outros eleitores do partido. Lula relatou que o político foi aceito “de corpo e alma” e até mesmo aplaudido de pé pelos apoiadores.

Sobre a polarização entre partidos de direita e esquerda, Lula disse que o Brasil era feliz quando os partidos que "trocavam farpas" eram o PT e o PSDB.

“Quando você tem mais que um disputando, a polarização é saudável. O que não podemos confundir é polarização com ódio. [...] O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, disse Lula.

Agronegócio

Renata elogiou o candidato sobre os feitos realizados na área do agronegócio durante o mandato de Lula, mas questionou o motivo de atualmente os agricultores não o apoiarem e se essa relação teria a ver com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Lula negou a relação e criticou a gestão do atual presidente sobre a destruição do meio ambiente. Sobre o MST, Lula disse que o grupo está gerando e que é um dos maiores produtores de arroz do Brasil. “Não é o mesmo MST de 30 anos atrás”, garantiu. Ainda sobre o atual governo, afirmou que “Bolsonaro ganhando o brasileiro porque liberando armas [...] acha que é bonito matar alguém”.

Alianças políticas estrangeiras

Bonner falou sobre as alianças de Lula com outros países da América do Sul. O candidato disse que está tranquilo com sua relação internacional e frisou a alternância de poder. “Você vai ver quando eu ganhar quantos irão visitar o Brasil”, disse.  

Considerações finais

No minuto final, Lula falou que já mostrou em outros governos que é possível mudar o país. Em seguida, citou temas como educação, geração de emprego e negociação de dívidas. “Meu objetivo é fazer com que o pobre entre no orçamento, com que as pessoas possam chegar até a universidade. O brasileiro vai voltar a viver com dignidade”, finalizou, ao ser interrompido por Bonner, no esgotamento do cronômetro.

Entrevistas

Os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto foram convidados para a sabatina na TV Globo. O critério foi a pesquisa divulgada pelo Datafolha e a ordem das entrevistas foi definida por sorteio. Jair Bolsonaro e Ciro Gomes já foram entrevistados nesta semana. A última candidata entrevistada será Simone Tebet (MDB), nesta sexta-feira, dia 26, às 20h30.


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