A última entrevista que fechou a série de sabatinas com os candidatos à Presidência da República, no Jornal Nacional, foi ao ar ao vivo nesta sexta-feira, dia 26. Simone Tebet, candidata pelo MDB, respondeu às perguntas dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos durante 40 minutos. No final da conversa, ela teve um minuto para prestar suas considerações finais. 134z44
Renata iniciou a entrevista falando sobre parte do MDB ter ido para o fisiologismo e se envolvido em corrupção, comentando sobre políticos que se envolveram em escândalos e continuam no partido. Ela questionou Simone sobre como pretende "depurar" o MDB.
Simone sustentou que o MDB é o maior partido do Brasil e é ético, mas disse que teve “meia dúzia” de políticos que se envolveram em escândalos do “Petrolão”, por exemplo, mas que já não fazem mais parte.
“Eu não sou mais candidata do MDB. Sou candidata do MDB, do PSDB, do Cidadania e do Podemos, e de uma legião de pessoas que não querem mais voltar ao ado e muito menos permanecer no presente. Então, diante disso, desse corpo de pessoas de bem, éticos, honestos, é que nós vamos ganhando as eleições, e se ganhar as eleições governar com a maioria do centro democrático, da frente democrática”.
Nessa questão, Renata pontuou também se Simone vai ceder cargos a políticos destes partidos.
“Nós vamos governar com os partidos que se somam conosco, ninguém faz nada sozinho. Mas é preciso apenas duas características e eu vou exigir apenas duas coisas para estar no ministério: ser honesto e ser competente”.
Mulheres na política
Renata falou sobre Simone ter prometido um ministério com um número igual de mulheres e homens, mas que neste ano, 66% das candidaturas do MDB são de homens e apenas 33% são de mulheres, questionando como ela pretende superar a postura conservadora.
Simone falou que a situação se estende em todos os partidos, onde todos “só cumprem a cota”.
“Como é difícil ser mulher na iniciativa privada, quem dirá na vida pública. Eu sou privilegiada porque estou diante de um partido que teve coragem de lançar nesse momento mais difícil do Brasil uma mulher candidata à presidência da República. Isso é inédito na história”.
Inclusive, dentro da fala da candidata, ela mencionou que o primeiro projeto a ser colocado em pauta na Câmara dos Deputados, caso se torne presidente, é a igualdade salarial entre homens e mulheres.
“Se eu for eleita presidente da República, essa é a prioridade número um em relação à pauta feminina”.
Economia
Na pauta economia, Bonner questionou Simone sobre o que vai fazer para cumprir a promessa de criar o programa permanente de renda, erradicar a miséria, zerar a fila do SUS e construir 1 milhão de casas.
Ela iniciou a resposta elogiando a equipe de economistas liberais do Brasil.
“Nós temos um compromisso fiscal, mas como meio para alcançar a responsabilidade social. A agenda prioritária, o eixo do meu governo são as pessoas. Agenda social, erradicar a miséria, diminuir a pobreza e acabar com a fome no Brasil”.
Plano de governo
Em seu plano de governo, Simone reforçou que tem como prioridade construir 1 milhão de casas, zerar a fila de cirurgias atrasadas dentro de dois anos, “e governar olhando para o futuro”, citando também que criança e adolescente serão o centro do governo.
Educação
Bonner mencionou o período em que Simone esteve à frente do governo do Estado de Mato Grosso do Sul, onde a avaliação do ensino médio no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) ficou estagnada naquele período e acabou se asfatando da meta estabelecida pelo Governo Federal.
Como resposta, a candidata deixou claro que era vice-governadora e “não tinha caneta na mão”.
“Posso te garantir que saímos do governo do estado garantindo os melhores salários e valorização dos professores do Brasil. Não sei se estava entre os três ou foi o primeiro na época. E hoje, graças a isso, o IDEB, saiu recentemente, o Brasil no ensino médio, acho que o MDB lá na nossa gestão e agora com a atual, como consequência do ado, o IDEB deu um salto”.
Segurança pública
No tema “segurança pública”, Renata citou a experiência da candidata no Executivo no período dela como vice-governadora em Mato Grosso do Sul, onde nesta área os números em casos de homicídios dolosos, latrocínio e lesão corporal, subiram 77%.
Simone comentou que Mato do Sul é estado de fronteira, citando que grande parte das armas que chegavam ao Rio de Janeiro partiam de lá.
“Ele deixava um rastro de violência antes de chagar aqui [Rio de Janeiro]. [...] Trabalhei com o secretário de segurança pública em um dos projetos mais importantes do Brasil que está engavetado. [...] R$ 10 bi, R$ 1 bi por ano pra gente fechar a fronteira contra o crime organizado, que começa na Amazonia e termina no Paraná, em Foz do Iguaçu”.
Considerações finais
Nas suas falas finais, Simone disse que deseja ser presidente da República porque o país precisa seguir um caminho diferente do que vive atualmente.
“Nós vamos colocar as pessoas em primeiro lugar, para acabar com a fome e com a miséria, porque sou mãe, sou professora, sou advogada, tenho experiência, fui prefeita [...], antes fui deputada estadual, vice-governadora e hoje senadora. Tenho experiência e sou ficha limpa”. “[...] Comida mais barata, educação, saúde de qualidade, emprego e renda. Esse é nosso compromisso”.
Entrevistas
Os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto foram convidados para entrevistas na TV Globo. O critério foi a pesquisa divulgada pelo Datafolha e a ordem das entrevistas foi definida por sorteio.
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