Jair Bolsonaro está há 3 meses nos EUA (Foto: Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro retorna ao Brasil nesta semana após três meses nos Estados Unidos. Ele será presidente de honra do PL e receberá do partido um salário de R$ 39,2 mil, além de também ser remunerado com aposentadorias pagas por Câmara e Exército. 4q5y22

O portal Metrópoles informou que Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e as duas filhas do casal vão morar a 12 quilômetros do Palácio da Alvorada, em Brasília. A casa tem 400 metros quadrados de área construída e aluguel de R$ 12 mil.

Como ex-presidente, Bolsonaro terá ao seu dispor carros, dois motoristas, dois assessores e quatro seguranças. A segurança poderá ser reforçada em eventos públicos, como pediu o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e ao governo do DF para a chegada de Bolsonaro a Brasília.

“Estou sem mandato, mas não estou aposentado”, disse Bolsonaro em uma entrevista à rádio Jovem Pan. O ex-presidente deixou o país dois dias antes de encerrar o mandato, em 30 de dezembro de 2022, e se recusou a ar a faixa a Luiz Inácio Lula da Silva, eleito presidente em outubro do ano ado.

O site Valor Econômico lembra que ao voltar ao Brasil e se colocar como líder da oposição, Bolsonaro vai enfrentar uma série de processos em curso na Justiça. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há dezenas de ações abertas contra ele que podem torná-lo inelegível por acusações de ilegalidades cometidas durante a campanha.

Ele também é alvo de ações por atentar contra o Estado democrático de direito e, mais recentemente, virou alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura a tentativa de ingressar no país com joias ― para ele e a então primeira-dama Michelle ― presenteadas pela Arábia Saudita e avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões.

O retorno

Conforme o UOL, o ex-presidente deve chegar ao aeroporto de Brasília na manhã desta quinta-feira, dia 30, sem previsão de desfile em carro aberto. Bolsonaro não sairá pelo saguão normal, como medida de segurança e forma de desencorajar aglomerações, segundo a Polícia Federal.

Não serão permitidas manifestações no saguão do aeroporto, segundo porta-vozes das forças de segurança, e a Polícia Militar estará posicionada no local para checar as agens aéreas e liberar o o. Bolsonaro terá prioridade em filas e atendimento pela Polícia Federal em área restrita, "como acontece para qualquer ex-presidente".

Novos acampamentos "não serão tolerados", especialmente em "determinados locais da cidade", segundo o secretário da Segurança Pública, Sandro Avelar. As forças de segurança ainda descartaram que haverá motociatas. "A gente vai garantir a segurança [de Bolsonaro] no deslocamento, fazendo uma escolta no modelo segurança e não naquele que permite flexibilidade maior".