Médica fala sobre risco de contaminação da "Doença do Beijo" no carnaval 285q5j

Doença acomete principalmente adolescentes e jovens com principal forma de transmissão com saliva de pessoas infectadas 2h5k1h

Por Redação Oeste Mais 6m5y3i

17/02/2023 09h10 1b5w5



Ah, os amores de carnaval! Quase sempre trazem boas lembranças! Mas às vezes também podem trazer alguns incômodos. Um deles é a mononucleose infecciosa, também conhecida popularmente como “Doença do Beijo''. 5c611j

O tema voltou a estar em pauta no noticiário de saúde, não apenas pelo carnaval, mas também por um recente episódio envolvendo a cantora Anitta, que itiu o diagnóstico de infecção pelo vírus Epstein-Barr (herpesvirus humano tipo 4), causador da mononucleose infecciosa.

No período carnavalesco, quando o contato entre foliões é mais frequente, seja por beijos na boca, compartilhamento de bebidas e contatos íntimos, pode ter um maior risco de transmissão da doença. Para pular a folia dos próximos dias com mais segurança confira a seguir as dicas dadas pela médica infectologista Marília Dalva Turchi.

O que é a “Doença do Beijo”

Doença do Beijo nada mais é do que o nome popular dado à mononucleose infecciosa. O vírus causador da mononucleose (Epstein-Barr), foi identificado pela primeira vez em 1964, em fragmentos de um tumor (Linfoma de Burkitt) em uma criança originária da África Subsaariana.

O principal vírus causador da doença do beijo ou mononucleose é o vírus Epstein-Barr. Segundo a infectologista, ele “é transmitido principalmente pelo contato com a saliva, beijos ou compartilhamento de bebidas ou objetos contaminados levados à boca”.  

Sintomas e diagnóstico

“As manifestações mais comuns são: febre, dor de garganta, aumento de gânglios (ínguas), cansaço e, eventualmente, manchas avermelhadas (exantema) no corpo”, afirma a infectologista.

Ela informa que a suspeita da doença baseia- se na presença de sinais e sintomas tais como: febre, dor de garganta e aumento de gânglios, sobretudo no pescoço.

“Entretanto, outras doenças infecciosas podem apresentar os mesmos sintomas, nos primeiros dias da doença. É importante fazer uma avaliação médica para direcionar corretamente a investigação”, E esclarece que exames laboratoriais tais como hemograma e testes sorológicos específicos permitem fazer o diagnóstico da doença.

Doença do beijo acende alerta no carnaval (Foto: Divulgação)

Transmissão

A transmissão do vírus da mononucleose é pela saliva e por objetos contaminados. “A infecção é transmitida principalmente pela saliva e secreções orais, por compartilhamento de copos, entre outros objetos e, potencialmente, por contato sexual”, entretanto, a mononucleose não é considerada uma doença sexualmente transmissível, esclarece a especialista.

Marília explica que a infeção pelo Epstein-Barr ocorre com frequência na infância, geralmente de forma assintomática, ou com poucos sintomas. Entretanto, adolescentes e adultos quando se infectam apresentam manifestações clínicas mais exuberantes com febre prolongada, gânglios aumentados, cansaço e manchas no corpo.

Segundo a infectologista, a doença dura em média 2 a 4 semanas. “Os gânglios (ínguas) podem permanecer aumentados durante várias semanas. Com frequência, algumas alterações nos exames de sangue persistem por tempo prolongado”, específica.

Tratamento

Não há um tratamento específico para a ‘doença do beijo’. Geralmente, são indicados medicamentos para aliviar os sintomas da doença, como analgésico e antitérmicos para febre e dor de garganta. Não se deve tomar antibióticos, pois não tem ação contra o vírus e podem causar uma piora do quadro, com aumento de manchas no corpo.


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