Pacientes que procuram o Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó, estão reclamando da demora para os atendimentos na unidade, que é referência no Oeste catarinense. Na manhã desta quinta-feira, dia 30, alguns procuraram o Oeste Mais para relatar as situações enfrentadas no local. 594ru
“Estou com minha mãe no hospital regional de Chapecó, 70 anos, com pneumonia, diabetes, pressão alta e febre. Desde cedo, muitos pacientes e uma médica somente”, disse a filha de uma idosa, que mora no Rio Grande do Sul e está na cidade para cuidar da mãe. “Estou desde sábado cuidando dela e já é a segunda vez que amos pelo hospital e sempre essa demora de 5 a 6 horas para a doutora ver”, reclamou.
Ela também relatou a falta de profissionais na sala de classificação de pacientes. “Não tem ninguém para atender a gente aqui, é só sala vazia, o corredor está cheio [de pacientes], mas não tem médico”, disse, reclamando ainda do chão sujo de sangue na sala de medicação (foto abaixo). “Tem sangue seco e velho por tudo”, afirmou.
O HRO é um hospital contratualizado com o município de Chapecó e gerido pela associação Lenoir Vargas Ferreira. Da parte do governo catarinense, a unidade deve receber rees pela Política Hospitalar Catarinense (PHC), Fundo Estadual de Saúde e incentivos para cirurgias eletivas e leitos de saúde mental, mas as verbas estavam em atraso desde meados do ano ado.
Anúncio de recursos
O governador Jorginho Mello anunciou ainda no dia 14 de fevereiro um aporte de R$ 8 milhões após atrasos recorrentes desde abril de 2022. No início de março, a Prefeitura de Chapecó também anunciou a antecipação de R$ 1,5 milhão para o HRO. Os recursos seriam destinados ao pagamento de profissionais.
Alta Demanda
O Oeste Mais entrou em contato com a direção do HRO, que disse enfrentar um cenário de alta demanda de atendimento nas últimas semanas. “Ontem mais de 50% de casos graves. Normalmente, o percentual de casos graves que precisam atendimento imediato, de urgência ou emergência, não a de 30%”, destaca o HRO.
O hospital também informa que a triagem não observa o paciente de forma individual, mas a gravidade de cada caso. “Os casos menos graves, no conjunto, são triados de acordo com o seu caso. Se está no aguardo de atendimento é porque tem pacientes com mais gravidade em atendimento”, acrescenta a instituição.
Sobre a falta de médicos, o hospital informa que o quadro está normal e não há profissionais com o serviço paralisado, como havia a possibilidade antes do anúncio dos recursos por parte do governo catarinense. “Por 30 dias, tudo resolvido. Agora fica na dependência de convênios com o governo de Santa Catarina”, diz ainda a unidade.
A reportagem também questionou sobre as marcas de sangue no chão da sala de medicação, conforme mostram as imagens feitas por um paciente na manhã desta quinta-feira. “Momento de troca no pessoal da limpeza, dá sempre um 'delay'. Já estão agilizando a limpeza”.
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