Vacinar anualmente cães e gatos é a melhor forma de prevenir a raiva, doença que pode acometer todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos. Um caso em um morcego foi confirmado recentemente em Chapecó. 614h4b
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) destaca que o estado é área controlada para raiva no ciclo urbano e que o vírus da doença é transmitido pela saliva de animais infectados, geralmente através de mordidas e arranhões.
A transmissão acontece após o contato com a pele lesionada, quando o vírus entra no corpo e chega ao cérebro, causando inchaço ou inflamação. A raiva é uma doença altamente letal.
“Por isso é importante não se aproximar, tocar ou mexer em animais que você não conhece, ainda mais quando estiverem se alimentando ou dormindo. As pessoas não devem tocar, nem manusear os morcegos, por exemplo, que também podem transmitir a doença”, alerta Alexandra Schlickmann Pereira, médica veterinária da Dive.
Em caso de incidentes com animais, como mordidas, é fundamental lavar o ferimento com água e sabão. “Depois é preciso procurar uma Unidade de Saúde o mais rápido possível. Os profissionais vão avaliar o ferimento e indicar o tratamento adequado”, explica Alexandra. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico para tratamento da doença.
A população também deve ficar atenta ao comportamento estranho dos animais. “Qualquer alteração de comportamento como inquietação, aumento de agressividade, paralisias dos membros e fotofobia (medo da luz) deve ser observada e comunicada para a Secretaria Municipal de Saúde”, alerta a veterinária.
A Dive reforça que em caso de acidente, o animal deve ficar em observação por 10 dias, isolado de outros animais e com água e comida disponíveis. Caso morra ou desapareça, também é preciso comunicar à unidade de saúde do município.
Cenário em SC
A Dive confirmou em maio de 2019 o óbito de uma paciente de 58 anos, moradora de Gravatal, no Sul catarinense, por conta da doença. Ela foi mordida por um gato infectado. O caso foi confirmado após 38 anos sem registro da doença no estado.
Já os últimos casos de raiva em animais domésticos em Santa Catarina foram registrados:
2006
- Xanxerê (um cão e um gato)
- Itajaí (um cão)
Variante 3 - morcegos hematófagos
2016
- Jaborá (um cão)
Variante 3 - morcegos hematófagos
2023
- Orleans (um gato)
Variante 4 - morcegos insetívoros
Prevenção com os animais
● Manter seu animal em observação quando ele agredir uma pessoa;
● Vacinar anualmente seus animais contra a raiva;
● Não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair;
● Notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
● Informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
● Informar a existência de morcegos de qualquer espécie em horários e locais não habituais (voando baixo, durante o dia, caídos).
Evite
● Tocar em animais estranhos, feridos e doentes;
● Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;
● Separar animais que estejam brigando;
● Entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
● Criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat;
● O contato com saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras;
● Procurar um serviço de saúde diante de um acidente envolvendo cães, gatos, morcegos, animais de produção ou silvestres.
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